Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Michel Temer vai pôr em prática a política dos governadores. Começará fazendo concessões no pagamento da dívida com a União. Em troca, passará a ter apoio inclusive de Estados cujos partidos ficam distanciados do PMDB.
Temer sabe que o País não vai recuperar sua Economia se os Estados continuarem no buraco.
VAI ÀS ALTURAS
Entre juros e encargos, no ano passado, o governo estadual precisou pagar 3 bilhões e 740 milhões de reais, o que representou 15,5 por cento da receita líquida.
MUITO ALÉM
Do total da dívida com a União, 51 bilhões e 600 milhões de reais são decorrentes do contrato firmado com o governo federal em 1998, quando o débito era de 9 bilhões e 200 milhões. Ao longo de 18 anos, desembolsou 24 bilhões e 800 milhões. Quer dizer, já pagou quase três vezes o valor inicial.
CALCULANDO
Desde o ano passado, o governo do Estado busca, tanto no terreno político quanto judicial, repactuar a dívida com a União. A troca do indexador (IGP-DI por IPCA) é um dos caminhos, além da redução dos juros de 6 para 4 por cento ao ano. Se forem aceitos os argumentos , o total terá redução em torno de 25 bilhões.
NECESSIDADE
A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017, a ser votada pela Assembleia Legislativa na próxima semana, não prevê reajuste salarial do funcionalismo nem das despesas de custeio. O deputado Mauricio Dziedricki entrou com emenda para que, pelo menos, o custeio para a Saúde, Educação e Segurança Pública tenha acréscimo do índice da inflação.
SEM CONTRAPARTIDA
O governo federal vai estabelecer contrapartida na distribuição de cestas básicas. Os beneficiados serão convidados a prestar serviços à comunidade por meio de mutirões – da construção de casas à limpeza de ruas e plantação de árvores.
Esta notícia foi publicada a 9 de junho de 1996 e a sugestão fulminada como neoliberal.
RÁPIDAS
* A corrupção estava tão disseminada no cotidiano do País que parecia ter virado uma espécie de instituição cultural.
* O governo estadual corre para chegar ao final do ano com aplicação de 12 por cento na Saúde. Em 2015, superou a exigência constitucional em 0,2 por cento.
* A manutenção da taxa de juros, decidida ontem, demonstra que o governo ainda analisa a rota que tomará.
* O debate sobre revisão do pacto federativo foi aberto pelo governador Alceu Collares em 1991. Desde então, o tema não chegou a um porto seguro.
* Boa iniciativa: comissão da Assembleia, presidida pelo deputado Missionário Volnei, ajudará a acelerar processos de adoção de crianças. Hoje há entraves.
* Projeto de lei, criando o Código Municipal de Proteção aos Animais , está em tramitação na Câmara de Porto Alegre. O autor é o vereador Rodrigo Maroni.
* Cinto apertado: o governo do Rio de Janeiro corta cinco secretarias para economizar 1 bilhão de reais por ano.
* Deu no jornal: “Meu eloquente discurso é o silêncio, diz Renan”. Desse jeito acaba na Academia Brasileira de Letras.
* Funcionários do Tesouro do Estado são chamados de flautistas: vivem tapando um buraco e abrindo outro.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.