Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Tito Guarniere | 29 de outubro de 2022
Blasfêmia
“Se a sua Igreja está fazendo bullying, ridicularizando e dizendo que você não vai para o céu porque não está alinhado com X ou Y, você deixou de ser uma sinalização de Deus e passou a ser um braço político – isso é uma blasfêmia”. Do pastor Marcos Botelho, da Igreja Presbiteriana de SP.
Cruzada
Na campanha pró-Bolsonaro, os pastores bolsonaristas usam todos os truques, ameaças e mentiras da politicagem mais rasteira. No receituário não falta nem mesmo apontar o caminho do inferno se o voto for para Lula (ver nota acima). Como aprenderam rápido os maus exemplos da política de baixa extração!
Transformaram o embate eleitoral e político em causa da Igreja, em palavra de Deus, em cruzada religiosa.
Dupla filiação
“Ou somos evangélicos ou somos católicos”.
Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, sem citar nomes, botou o dedo na ferida. Estava na hora de alguém com autoridade chamar às falas o oportunista vulgar, que tem dupla filiação (é evangélico e/ou católico, conforme a conveniência) e pede voto até para estátua de santo.
Recaída
Bolsonaro parecia ter recuado de alardear que as urnas se prestavam à fraude.
Mas em momento de recaída reclamou: “Se tivesse mais cinco minutos de apuração Lula ganharia no primeiro turno”.
Para dizer tamanha barbaridade é necessário o desvario de um Napoleão de hospício.
Cizânia
Nunca ninguém ouviu de Bolsonaro um apelo à paz, à concórdia, ao entendimento dos brasileiros.
Bolsonaro não é o homem da união – é da cizânia entre os brasileiros. Bolsonaro não constrói pontes , só constrói muros que nos separam e distanciam.
Tóxico
Quero ter um presidente da República que inspire o povo brasileiro à unidade nacional, ao estudo, ao trabalho, à convivência pacífica. Temos um presidente que – ao invés – só faz fomentar a animosidade, o conflito e, no limite, o ódio. Temos um presidente tóxico.
Irracionalidade e irreconciliação
“Nada do que Bolsonaro diz remete à racionalidade”. De Nicolau da Rocha Cavalcanti, em artigo no Estadão de 13/10. Devastador e imperdível.
“O Brasil está se tornando um país de irreconciliáveis”. William Waack, no mesmo jornal.
O voto nos presídios
Bolsonaro e o bolsonarismo agora estão com essa de que Lula foi o mais votado nos presídios brasileiros.
É verdade. E não apenas nos presídios, como no restante do Brasil.
E quantos presos votaram no dia 2 de outubro? 12 mil. Lula teve a maioria dos votos dos somente 12 mil que votaram. São mais de 900 mil presos do Brasil.
Das trevas
Do mundo macabro do bolsonarismo extremista nascem mamadeiras fálicas, kits gays, alianças com satã, crianças sequestradas de quem arrancam os dentes para não morderem durante o sexo oral.
Eles dizem que tudo isso vem das esquerdas.
Não vem. Vem do mundo de imaginações doentias e das trevas que certo bolsonarismo habita.
Quem é o herói?
Bolsonaro chama Lula de “pinguço”. Há controvérsias e é pura baixaria.
Os dois maiores personagens da II Guerra Mundial foram Hitler e Churchill.
Hitler era vegetariano, não fumava e não bebia.
Churchill era carnívoro, fumava e bebia muito.
Qual dos dois é o seu herói?
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