Terça-feira, 21 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Um deputado negociou propina para não citar ex-governador do Mato Grosso em um relatório de CPI, diz delator

Compartilhe esta notícia:

Deputado teria negociado para delator deixar Silval de fora. (Foto: AG)

O deputado estadual Wagner Ramos (PSD) procurou o empresário Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), para negociar o pagamento de propina a fim de excluir Silval do relatório da CPI das Obras da Copa. A afirmação foi feita pelo empresário à PGR (Procuradoria-Geral da República), na delação homologada posteriormente pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ele também entregou um vídeo, feito por ele, em que aparece se reunindo com o deputado estadual.

À reportagem, o deputado Wagner Ramos disse que esteve com Rodrigo Barbosa duas vezes, mas que o assunto tratado seria um garimpo, em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá. O parlamentar afirmou, ainda, que repudia a trama do empresário para tentar envolvê-lo em atos ilícitos e que está à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento.

Wagner Ramos era membro da CPI, assim como os deputados estaduais Oscar Bezerra (PSB), Mauro Savi (PSB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e Silvano Amaral (PMDB). Segundo Rodrigo Barbosa, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) já havia pedido ao pai dele propina de R$ 15 milhões para não citá-lo na CPI. Posteriormente, o valor solicitado teria caído para R$ 10 milhões. Segundo o empresário, o dinheiro seria dividido pelos integrantes da comissão.

A assessoria de imprensa do deputado Oscar Bezerra disse que, por orientação da defesa, ele não vai se manifestar no momento. Dilmar Dal’Bosco afirmou, por meio da assessoria, que não autorizou ninguém a citar o nome dele e que não teve conhecimento da reunião entre Wagner Ramos e Rodrigo Barbosa.

Por meio de nota, o deputado Mauro Savi afirmou que “a citação quanto ao seu nome não possui nenhuma prova” e que está à disposição da Justiça. Já o deputado Silvano Amaral afirmou à reportagem Wagner Ramos “nunca teve autorização para usar meu nome de forma direta ou indireta” e que o assunto nunca foi comentado nas reuniões da CPI das Obras da Copa.

Na delação homologada pelo STF, Rodrigo Barbosa conta que, no dia 19 de julho de 2016, recebeu o deputado Wagner Ramos no escritório dele e entregou imagens do encontro, gravadas por ele. Na ocasião, Rodrigo disse que afirmou ao parlamentar que os valores pedidos pelos deputados seriam impraticáveis.

Nesse momento, é possível ver nas imagens o deputado pegando uma caneta e riscado um papel. Segundo o empresário, o parlamentar havia feito um corte no valor de R$ 10 milhões e escreveu o número cinco no papel, citando, em seguida, os nomes dos membros da CPI. Em seguida, Wagner Ramos teria afirmado à Rodrigo que conversaria com o “pessoal”, se referindo aos demais parlamentares da comissão.

No dia 26 de julho do ano passado, Wagner Ramos teria procurado Rodrigo Barbosa novamente, no escritório dele, em Cuiabá. De acordo com a delação, o parlamentar aparentava estar nervoso e teria dito ao empresário que havia conversado com os demais membros da CPI e que eles definiram um novo valor para a propina: R$ 7 milhões, que supostamente seria dividido entre eles.

O empresário teria dito, então, que daria um retorno sobre o pedido, mas que não manteve mais contato com o deputado estadual. Mais tarde, Rodrigo disse que relatou a situação ao ex-governador, informando-o que havia gravado o encontro. (AG)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Ministério Público sugere que Tribunal de Contas rejeite contas de 2014 do governo Dilma
Protesto contra mudança no pré-sal termina com agressões no Senado
https://www.osul.com.br/um-deputado-negociou-propina-para-nao-citar-ex-governador-mato-grosso-em-um-relatorio-de-cpi-diz-delator/ Um deputado negociou propina para não citar ex-governador do Mato Grosso em um relatório de CPI, diz delator 2017-09-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar