Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2018
Um menino de 7 anos foi detido e algemado após agredir uma professora dentro da escola, em Miami, na Flórida (EUA). A confusão aconteceu na última quinta-feira (25), quando a professora pediu que o menino parasse de brincar com a própria comida na lanchonete. O aluno se recusou e foi retirado do local. Inconformada com a atitude da educadora, a criança, então, a agrediu com socos, puxões de cabelo e chutes nas costas.
O menino parou com as agressões somente depois de cair no chão com a professora. A criança foi internada no Miami Children’s Hospital e passou por exames psicológicos para avaliar se seria uma ameaça a outras pessoas. A policial que apreendeu o menino o enquadrou na “Baker Act”, uma lei na Flórida que permite que pessoas mentalmente doentes sejam encaminhadas a um centro de saúde mental por 72 horas, mesmo contra a sua vontade.
Em entrevista à agência de notícias AP, a mãe do aluno, Mercy Alvarez, afirmou que seu filho não tem transtorno mental e descreveu a prisão como “abuso policial”.
“Se meu filho não estava mais agressivo quando chegamos, como eles dizem que ele estava, por que tomar medidas tão extremas? Isso é demais para um garoto da idade dele. Não pode ser um procedimento normal”, disse.
Mercy disse ainda que o menino não mostrou comportamento agressivo em casa e que está tentando entender por que o filho começou a apresentar problemas na escola desde o início do ano letivo. Segundo ela, em anos anteriores, a criança tirava boas notas e mostrava bom comportamento.
No Facebook de Mercy, ela agradece ao apoio de outros pais e amigos que viram a atitude da polícia como um excesso. Ela ainda compartilhou um vídeo publicado nas redes sociais que mostra o momento em que o menino é retirado do carro da polícia algemado.
“Um amigo postou este vídeo no dia em que eu me senti impotente ao ver meu filho de 7 anos algemado por uma oficial escolar, acusado injustamente de ter problemas mentais. Eu abri uma caixa de pandora ao gritar que esta injustiça acontece contra centenas de crianças que, como o meu filho, foram vítimas do mesmo procedimento. Mas eu quero que essa oficial saiba que nunca mais fará mal a nenhuma criança desta maneira. Aos pais que passaram pelo mesmo, só posso recomendar que não se calem. Uma criança de 7 anos não merece viver uma situação como esta. Peço a todos os meus amigos que compartilhem para que se conheça esta injustiça”, escreveu.