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Brasil “Um partido do tamanho do PT tem que ter candidato próprio”, disse Lula sobre as eleições do ano que vem

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Originalmente, as eleições municipais estão marcadas para 4 e 25 de outubro. (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (20), que o PT não abra mão de candidaturas próprias nas eleições municipais de 2020 quando puder ter candidaturas competitivas.

Citando São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, o petista disse que “um partido do tamanho do PT tem que ter candidatos próprios”. As declarações foram feitas em uma entrevista de Lula ao blog Nocaute.

Lula disse que “gosta” de Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) e de Marcelo Freixo (PSOL-RJ), potenciais candidatos às prefeituras de Porto Alegre e Rio de Janeiro, respectivamente, em 2022. No entanto, segundo Lula, o PT não pode prescindir de ter candidaturas próprias nessas capitais, e citou o nome de Benedita da Silva (PT-RJ) como possível indicação do PT no Rio de Janeiro.

O petista disse, porém, que o PT pode apoiar candidatos “progressistas, de esquerda”, em eventuais situações de segundo turno nas quais o partido fique de fora.

Segunda instância

Em sua primeira entrevista após sair da prisão, o ex-presidente Lula pediu que o Congresso tenha juízo ao analisar proposta que pode alterar a Constituição para permitir o cumprimento de pena após condenação em segunda instância. A mudança significaria a volta do petista à cadeia.

“Espero que o Congresso Nacional tenha juízo. Constituição não é um manuscrito que pode jogar fora toda hora”, afirmou o ex-presidente. Para Lula, a elite brasileira conservadora diz que a Constituição é um atraso pois não gostam de mecanismos de proteção e garantias sociais.

Após 580 dias preso na Polícia Federal em Curitiba, Lula foi solto no início de novembro, beneficiado por um novo entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) segundo o qual a prisão de condenados somente deve ocorrer após o fim de todos os recursos. O petista, porém, segue enquadrado na Lei da Ficha Limpa, impedido de disputar eleições.

Lula concedeu a entrevista desta quarta-feira ao canal online Nocaute, do jornalista e escritor Fernando Morais. Ao abrir a conversa, Morais afirmou que seu veículo ajudou na briga para que Lula fosse solto.

O ex-presidente afirmou que, neste momento, o que mais deseja é a anulação do processo do triplex de Guarujá (SP), e voltou a fazer críticas ao ex-juiz Moro, responsável pelas ações da Lava Jato, e Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da operação em Curitiba.

“Quem montou quadrilha nesse país foi Moro e Dallagnol”, disse o petista. O ex-presidente chamou Deltan de “moleque irresponsável e desaforado”.

A defesa de Lula busca a anulação do processo por considerar que o julgamento de Moro foi parcial. Conversas dos procuradores da Lava Jato reveladas pelo The Intercept Brasil e publicadas também pela Folha mostram que Moro orientou os acusadores e mantinha próxima relação com eles.

Lula pediu que a “Suprema Corte tenha sabedoria” ao decidir sobre a anulação. “Se eu tiver culpa, provem e me punam. Agora se provar que Moro fez sacanagem, má-fé, foi mal caráter, que ele seja punido, pelo bem da instituição”, disse. “Para que o país volte a normalidade, meu processo tem que ser anulado e os responsáveis presos”, completou.

Após a decisão do Supremo e da soltura de Lula no dia seguinte, um grupo de deputados e senadores passou a pressionar pela aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) ou de um projeto de lei que permitam a prisão já após uma condenação em segunda instância.

Diante da dificuldade de se mudar a Constituição, o Senado costura com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, uma alteração no Código de Processo Penal, com tramitação mais rápida.

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