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Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2019
Um voo da companhia aérea norte-americana American Airlines que iria de Manchester, na Inglaterra, para a cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, foi cancelado nesta semana depois que um dos pilotos recebeu ordem de prisão por suspeita de embriaguez, confirmou a companhia aérea à rede de notícias NBC.
O piloto, que ainda não teve a sua identidade informada pelas autoridades britânicas, era um de três a bordo do voo AA735. Ele foi detido por volta das 11h da última quinta-feira, depois que autoridades aeroportuárias suspeitaram que ele estava com um “comportamento atípico” e os reflexos alterados.
O voo foi cancelado e todos os passageiros tiveram suas passagens remarcadas. “Segurança é a nossa maior prioridade e pedimos desculpas aos nossos clientes pela interrupção de seus planos de viagem, nós colocamos em voos alternativos”, disse o porta-voz da companhia. “Estamos cooperando plenamente com as autoridades locais.”
Antecedente
No dia 1º de novembro do ano passado, outro o piloto protagonizou o mesmo tipo de incidente, também na Inglaterra. O japonês Katsutoshi Jitsukawa, da companhia aérea nipônica Japan Airlines, foi preso pela polícia britânica ao apresentar sinais de embriaguez quando se apresentava no aeroporto de Heathrow (Londres) para um voo rumo a Tóquio.
De acordo com os relatos, um motorista de ônibus do aeroporto foi responsável por fazer a denúncia após sentir o hálito de álcool de Jitsukawa, 42 anos. Os agentes de segurança foram acionados e obrigaram o comandante a fazer um teste de bafômetro: ele apresentava um índice de 186 miligramas de álcool por 100 mililitros de sangue – para ter uma ideia melhor do que isso significa, basta mencionar que no Brasil a lei determina que os motoristas de carros podem apresentar até 80 mg de álcool por 100 ml de sangue.
As leis do Reino Unido indicam que pilotos podem apresentar, no máximo, a proporção de 20 mg de álcool no sangue – o piloto japonês apresentava um índice nove vezes superior à determinação legal. O teste foi realizado a apenas 50 minutos do horário programado para a decolagem.
Após um atraso de quase uma hora e meia, o Boeing 777 levantou voo em direção ao Japão — sem o piloto embriagado, é claro. Em comunicado, a Japan Airlines afirmou que “implementará ações imediatas para prevenir qualquer tipo de ocorrências futuras”. O piloto permaneceu detido e foi julgado em uma audiência no dia 29 de novembro, cujo desfecho não foi divulgado.