Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2015
O governo criará pouco mais da metade das vagas prometidas pela presidenta Dilma Rousseff para a segunda etapa do Pronatec, programa voltado para o ensino técnico e profissional. Em junho do ano passado, a presidenta afirmou que, até 2018, iria abrir 12 milhões de novas vagas. Agora, em um cenário de recessão econômica e de necessidade de cortes no Orçamento, os números oficiais mostram que essa promessa não será cumprida.
A meta atual é ofertar 5 milhões de vagas entre 2016 e 2019, segundo dados do Ministério do Planejamento. O programa já sofreu corte neste ano, com previsão de oferta 57% menor na comparação com 2014. Segundo o Ministério da Educação, neste ano 1,3 milhão de vagas estão garantidas. Esse número deve se repetir em 2016. Assim, o volume final será de 6,3 milhões até 2019.
“O Pronatec oferecerá, até 2018, 12 milhões de vagas para que nossos jovens, trabalhadores e trabalhadoras, tenham mais oportunidades de conquistar melhores empregos e possam contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia brasileira”, afirmou Dilma ao tomar posse, em janeiro. O programa foi uma das principais bandeiras na campanha para o segundo mandato. No ano passado, a presidenta participou de ao menos 11 formaturas dele.
Meta
Até o final de 2014, 8,1 milhões de matrículas foram registradas pelo programa, alcançando a meta inicial definida no lançamento realizado em 2011, em pronunciamento nacional. A maior parte dos estudantes (72%) fez cursos de formação inicial e continuada, de até quatro meses, como auxiliar administrativo e operador de computador. Os cortes no Orçamento, no entanto, levaram à redução do ritmo de expansão do ensino técnico.
As despesas com o programa incluem alimentação, material e transporte para os alunos, além de repasse de verbas para as instituições participantes – escolas particulares e instituições federais. (Folhapress)