Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2020
Agentes da 15ª DP (Gávea) conseguiram identificar e prender dois homens suspeitos de aplicar golpes se passando por gerentes de banco na Zona Sul do Rio. Com eles foram apreendidos diversos cartões bancários, dinheiro e máquinas de cartão.
Os supostos golpistas foram identificados como Mateus de Oliveira, de 29 anos, e Lucas de Lima Sá, de 27, ambos de São Paulo. Eles teriam oferecido propina para não serem presos. De acordo com a polícia, eles ligavam para as possíveis vítimas se identificando como gerentes de suas contas bancárias. Na ligação, eles alegavam que o cartão bancário da pessoa havia sido bloqueado.
Ainda na conversa telefônica, os criminosos diziam precisar submeter o cartão e o celular da vítima a uma perícia técnica, se disponibilizando a irem pessoalmente buscar os dois objetos na casa da pessoa. A polícia não precisou o número de vítimas que caíram no golpe, mas apreendeu com a dupla 32 cartões bancários diversos, 15 máquinas de cartão de crédito, dinheiro das vítimas, cinco crachás de banco, além de roupas e moto usadas no crime.
A polícia destacou que, no momento da prisão, a dupla tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 5 mil para não serem levados para a delegacia. Com isso, eles vão responder pelos crimes de estelionato, em razão dos golpes, e por corrupção ativa.
Aumento
Os golpes de phishing bancário estão crescendo no Brasil e atingiram dez milhões de pessoas entre janeiro e julho de 2020. Em relação ao mesmo período do ano passado, é possível perceber um aumento de 43% no número total de ataques. Os dados são de um levantamento do dfndr lab, laboratório de segurança digital da Psafe.
Segundo a empresa, nesse tipo de golpe, os criminosos enganam a vítima por meio de links maliciosos e aplicativos com o objetivo de obter seus dados bancários e, assim, ter acesso a seus recursos financeiros. Além disso, os especialistas indicam que a pandemia é um dos fatores por trás do aumento, já que provocou a migração de serviços para os meios digitais.
Os ataques, em geral, fazem uso de nomes de grandes bancos, conforme explica Emilio Simoni, diretor do dfndr lab. “Essas fraudes costumam utilizar como abordagem um suposto bloqueio/liberação de senha bancária e bloqueio de pagamento, para que a vítima realize um falso procedimento de recuperação de senha”, alerta o especialista. Ao realizar o procedimento, a vítima acaba cedendo seus dados bancários para os criminosos.
O termo phishing é bastante abrangente e pode ser usado para tratar de vários tipos de golpes. Sua origem está na língua inglesa, pela analogia de que os criminosos “pescam” pessoas desatentas que podem cair no golpe.
No caso do phishing bancário, essas fraudes têm o objetivo de conseguir dados de cartão de crédito e informações bancárias sigilosas. Durante a ação, os criminosos usam nomes de grandes bancos e instituições financeiras para compartilhar links maliciosos por e-mail ou redes sociais ou distribuir sites e aplicativos falsos. Quando a pessoa compartilha algum dado, o golpista apenas coleta essa informação e utiliza para ter acesso às contas bancárias reais da vítima.