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Mundo Uma empresa aérea se desculpou após exigir que casal gay cedesse seu lugar a casal hétero

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A Alaska Air espera que a maioria dos passageiros esteja disposto a voltar a usar o 737 Max 9. (Foto: Reprodução)

A companhia aérea Alaska Airlines pediu desculpas nesta semana depois que um comissário de bordo pediu que um homem gay cedesse seu lugar ao lado de seu parceiro para que um casal heterossexual pudesse se sentar junto. A ocorrência pôs a companhia aérea na defensiva, ao refutar denúncias de discriminação.

David Cooley, dono de um bar gay em West Hollywood, na Califórnia, chamado The Abbey, escreveu no Facebook no domingo que ele e seu parceiro tinham embarcado em um voo de Nova York para Los Angeles quando um comissário de bordo perguntou se o parceiro de Cooley poderia mudar de lugar “para que um casal se sentasse junto”.

Cooley disse ter informado ao comissário que os dois eram um casal e que ele queria se sentar ao lado de seu parceiro. Mas o comissário deu a Cooley uma opção: mude-se de lugar para atender ao outro casal ou saia do avião. “Não poderíamos suportar o sentimento de humilhação durante um voo que cruza o país inteiro e saímos do avião”, disse Cooley.

Por meio de um porta-voz, Cooley não quis fazer mais comentários na quarta-feira. Mas suas postagens sobre o ocorrido no Facebook e no Twitter provocaram uma onda de críticas, com muitas comentando que foi um exemplo claro da discriminação que as pessoas LGBT experimentam em viagens e negócios.

O debate em torno dessa discriminação ganhou atenção nacional em junho, quando a Suprema Corte decidiu a favor de um padeiro do Colorado que se recusou a criar um bolo de casamento para um casal gay. A decisão deixou em aberto uma questão maior de se as empresas podem discriminar gays e lésbicas com base em direitos protegidos pela Primeira Emenda da Constituição.

Histórias como a de Cooley, porém, não são tão claras quanto o caso do padeiro do Colorado, que derivou de uma recusa total a fazer o bolo, disse Naomi Goldberg, diretora de políticas e pesquisa no Projeto Avanço do Movimento, um grupo de pesquisa que recentemente ajudou a organizar uma campanha para que as empresas sejam mais inclusivas.

Goldberg disse que casos em que pessoas LGBT são tratadas de maneira “menos positiva” ou diferente de outras são “bastante comuns” e modificam como as pessoas levam suas vidas. Uma pesquisa de 2017 do grupo de pensadores liberal Centro para o Progresso Americano mostrou que mais de 36% das pessoas LGBT escondiam relações pessoais por medo de discriminação. Doze por cento evitavam locais públicos como restaurantes e lojas pelo mesmo motivo, segundo a pesquisa.

A Alaska Airlines procurou Cooley no Twitter no domingo e fez um pedido de desculpas público na terça-feira, dizendo que a companhia faria a restituição de sua passagem e estava “profundamente aborrecida com a situação e não pretendia fazer Cooley e seu parceiro se sentirem desconfortáveis de maneira alguma”.

Mas a companhia disse que o encontro não foi um caso de discriminação, caracterizando o que aconteceu como um “erro de localização” e chamando a si mesma de “companhia de tolerância zero, que não suporta discriminação de qualquer tipo”. Ela havia “inadvertidamente” reservado o mesmo assento para duas pessoas em um voo lotado.

Cooley disse na rede social na terça-feira que aceitou o pedido de desculpas da empresa.

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