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Brasil Uma nova tecnologia revela um órgão até agora desconhecido do corpo humano

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O estudo que descreve a descoberta foi publicado na revista Scientific Reports. (Foto: Freepik)

Um grupo internacional de cientistas identificou, graças a uma nova tecnologia, uma estrutura até agora desconhecida na anatomia humana, que pode ter relação com o funcionamento de todos os órgãos, da maior parte dos tecidos e dos mecanismos ligados à maior parte das doenças. O estudo que descreve a descoberta foi publicado na revista Scientific Reports.

Os cientistas revelaram que certas camadas do corpo, que até agora eram identificadas como tecidos conectivos densos, na realidade são compartimentos interconectados preenchidos com fluido. Esses tecidos, localizados em camadas sob a pele, revestem o tubo digestivo, os pulmões e o sistema urinário, além das artérias, veias e a fáscia – estrutura onde se fixam músculos ao seu redor.

Segundo os autores do estudo, já se sabia que mais da metade dos fluidos no organismo se situa entre as células – e cerca de um sétimo do total no coração, nos vasos sanguíneos, nos nódulos linfáticos e nos vasos linfáticos. O novo estudo, porém, é o primeiro a definir que o interstício onde esses fluidos circulam funcionam como um órgão à parte.

A equipe liderada por Neil Theise, da Escola de Medicina da Universidade de Nova York (NYU, na sigla em inglês), mostrou que esses compartimentos, apoiados em uma malha de proteínas do tecido conectivo como colágeno e elastina, podem absorver choques, impedindo que os tecidos se rompam, quando os órgãos, músculos e vasos pulsam, são espremidos, ou sofrem impactos durante seu funcionamento diário.

De acordo com os cientistas, um dos aspectos mais importantes do estudo foi a descoberta de que essa camada é uma “via expressa” para fluidos em movimento. Segundo eles, isso pode explicar por que o câncer que invade essa estrutura têm maior chance de se espalhar pelo organismo. Os cientistas também afirmam que a nova rede descoberta é drenada para o sistema linfático e é a fonte da linfa, um fluido vital para o funcionamento de células do sistema imunológico que produzem inflamação. Além disso, as células que residem nesse espaço – e os feixes de colágeno que elas revestem – mudam com a idade e podem contribuir para o enrugamento da pele, o enrijecimento dos membros e a progressão de doenças fibróticas, escleróticas e inflamatórias, segundo os cientistas.

Os pesquisadores afirmam que ninguém havia notado esses espaços antes porque o campo médico dependia do exame de tecidos fixos em lâminas de microscópios, que até agora era considerado o método mais preciso para observar a realidade biológica. No método convencional, os cientistas utilizam compostos químicos para preparar os tecidos para exame, cortando-os em fatias finas e tingindo-os para destacar características importantes.

Esse processo “fixo”, segundo os autores do novo estudo, permite observar detalhes vívidos das células e estruturas, mas, para isso, drena todo fluido dos tecidos. Rede achatada Segundo Theise, no novo estudo os cientistas descobriram que a remoção do fluido para produzir as amostras causa o achatamento da rede de proteínas conectivas que cerca os compartimentos cheios de fluidos, fazendo-os entrar em colapso. “Ao longo de décadas, esse colapso provocado pela fixação fazia com que o tecido preenchido com fluido e distribuído em todo o corpo parecesse sólido nas biópsias.

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https://www.osul.com.br/uma-nova-tecnologia-revela-um-orgao-ate-agora-desconhecido-do-corpo-humano/ Uma nova tecnologia revela um órgão até agora desconhecido do corpo humano 2018-03-29
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