Quarta-feira, 11 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de março de 2020
Na madrugada dessa sexta-feira, uma quadrilha que instalava explosivos em dois bancos na cidade de Paraí (Serra Gaúcha) trocou tiros com integrantes da BM (Brigada Militar). Saldo do confronto: sete criminosos mortos. Nenhum policial foi ferido. Os policiais haviam recebido informações do setor de inteligência da corporação sobre um plano de ataque contra estabelecimento na região.
De posse dessa informação, confirmada por imagens de câmeras de segurança, a Brigada determinou o reforço no policiamento ostensivo dos municípios locais. Até constatar que o arrombamento estava em curso no município.
O grupo – armado com duas pistolas, quatro espingardas calibre 12, uma metralhadora e dinamite – chegou a Paraí em dois veículos, um dos quais em situação de roubo desde fevereiro na Região Metropolitana de Porto Alegre e que apresentava placas clonadas. Alguns assaltantes utilizavam toucas-ninja e ao menos três membros do grupo vestiam moletons com a identificação “Polícia Civil”.
O alvo da investida eram uma agência do Banco do Brasil e outra do Sicredi, a pouco mais de 100 metros da primeira. No momento em que preparavam os artefatos em cada uma das unidades, os homens foram surpreendidos pelo cerco dos brigadianos e reagiram a tiros, que acabaram atingindo outros veículos e estabelecimentos próximos. Todos morreram na hora.
Até o início da noite, não havia confirmação oficial das indentidades dos criminosos mortos no incidente. Informações extraoficiais indicam, porém, que o bando seria formado por indivíduos oriundos de cidades como Guaporé (também na Serra Gaúcha) e Osório (Litoral Norte), todos com antecedentes criminais.
“Cumprir a lei é utilizar os meios de formas progressiva e nunca o objetivo é matar”, declarou à imprensa o comandante-geral da BM, coronel Rodrigo Mohr. “Mas quem escolhe o confronto é o criminoso, não a Brigada. Nós vamos para prender, mas se ele reagir e colocar em risco a vida de terceiros, legalmente nós agimos. Quem escolhe o confronto e o final da ocorrência é o criminoso.”
Continuidade
Horas depois, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) desativaram os explosivos deixados nos bancos que seriam atacados (só na agência do Sicredi foram encontrados três artefatos). Por questões de segurança, os especialistas determinaram o isolamento de um perímetro de nove quadras em torno do local.
Ainda segundo a BM, a operação preventiva seguirá nos próximos meses com base em três estratégias principais, sendo a primeira delas a fiscalização ativa para evitar desvio, furto e roubo de explosivos. A segunda com operações focadas em prisões de criminosos e a utilização de efetivo especializado com suporte de inteligência policial.
(Marcello Campos)