Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2017
Os 28 chanceleres da UE (União Europeia) aprovaram nesta segunda-feira (13) uma série de novas sanções econômicas contra a Venezuela, incluindo um embargo à venda de armas e de “outros materiais relacionados” que poderiam ser usados para “a repressão interna”.
Além disso, os ministros das Relações Exteriores aprovaram a proibição de viagem aos países-membros da UE e o congelamento de bens de venezuelanos. De acordo com uma nota divulgada pelos chanceleres, a ideia desse embargo é diminuir a “polarização política” no país e dar um impulso para “favorecer o diálogo” entre governo e oposição.
“Nesse contexto, além dos esforços políticos e diplomáticos para apoiar uma conclusão negociada e pacífica da crise política, o Conselho decidiu, por unanimidade, adotar medidas restritivas, destacando as suas preocupações para a situação do país”, escreveu o Conselho dos ministros.
Desde a convocação da Assembleia Constituinte, em maio deste ano, pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro, os líderes europeus criticaram duramente o governo. Para eles, a medida era uma manobra do mandatário para retomar o controle da Assembleia, que no momento era dominada pela oposição.
Os Estados Unidos anunciaram uma série de sanções por conta da Constituinte e a União Europeia disse que criaria medidas caso Maduro levasse seus planos adiante. Maduro anunciou, no fim da noite de domingo, que a reunião convocada sobre a reestruturação ou o refinanciamento da dívida externa de seu país para a iniciativa privada contará com a participação direta de 91% dos credores.
Durante o seu pronunciamento, o presidente afirmou que os detentores dos títulos do Estado e da petrolífera PDVSA provenientes dos EUA, Itália, Grã-Bretanha e de outros países europeus “para buscar juntos uma fórmula que beneficiem os interesses das partes e garantam à Venezuela os seus direitos humanos”.
Farc
O recém-criado partido político colombiano Farc (Força Alternativa Revolucionária do Comum) realizou no fim de semana o seu primeiro ato na Venezuela, com o objetivo de iniciar a sua implementação no país vizinho. A organização surgiu da maior guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
O objetivo do partido Farc com sua presença na Venezuela é “desmascarar os principais instigadores fascistas que tentam dividir dois povos, como Colômbia e Venezuela, unidos historicamente na defesa da paz e do internacionalismo revolucionário”, disse a organização política no texto descritivo do evento.
O partido informou que, durante o ato na cidade de Maracay, no Estado de Aragua, no centro-norte da Venezuela, “foram criados grupos de trabalho” que contarão com a participação de colombianos radicados na Venezuela.