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Saúde Vacinas contra o coronavírus: saiba como funciona a Oxford/AstraZeneca

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Depois que a vacina é injetada, adenovírus colidem com células e se fixam em proteínas na superfície delas. (Foto: Reprodução)

A vacina Oxford/AstraZeneca é baseada nas instruções genéticas do vírus para produzir a proteína spike. Mas, ao contrário das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna, que armazenam as instruções em RNA de fita simples, a vacina Oxford usa DNA de fita dupla.

Os pesquisadores adicionaram o gene da proteína spike do novo coronavírus em um outro vírus chamado adenovírus. Os adenovírus são vírus comuns que geralmente causam resfriados ou sintomas semelhantes aos da gripe. A equipe Oxford/AstraZeneca usou uma versão modificada de um adenovírus que infecta chimpanzés, conhecida como ChAdOx1. Ele consegue entrar nas células, mas não pode se replicar dentro delas.

A AZD1222 é resultado de décadas de pesquisa com vacinas baseadas em adenovírus. Em julho do ano passado, foi aprovada a primeira para uso geral – uma vacina para o Ebola, da Johnson & Johnson. Ensaios clínicos avançados estão em andamento para outras doenças, incluindo H.I.V. e Zika.

A vacina Oxford/AstraZeneca para a covid-19 é mais resistente do que as vacinas de mRNA da Pfizer e Moderna. O DNA não é tão frágil quanto o RNA, e o revestimento de proteína resistente do adenovírus ajuda a proteger o material genético interno. Como resultado, a vacina Oxford não precisa ficar congelada. A vacina deve durar pelo menos seis meses quando refrigerada a 38-46°F (2-8°C).

Na célula

Depois que a vacina é injetada no braço de uma pessoa, os adenovírus colidem com as células e se fixam em proteínas na superfície delas. A célula envolve o vírus em uma bolha e o puxa para dentro. Uma vez lá dentro, o adenovírus escapa da bolha e viaja para o núcleo, a câmara onde o DNA da célula é armazenado.

O adenovírus empurra seu DNA para o núcleo. O adenovírus é modificado de forma que não consiga produzir cópias de si mesmo, mas o gene para a proteína spike do novo coronavírus pode ser lido pela célula e copiado em uma molécula chamada RNA mensageiro, ou mRNA.

Proteínas

O mRNA deixa o núcleo e as moléculas da célula leem sua sequência e começam a produzir proteínas spike.

Algumas das proteínas spike produzidas pela célula formam espículas (spikes) que migram para sua superfície e projetam suas pontas. As células vacinadas também quebram algumas das proteínas em fragmentos, que vão para a superfície delas. Essas espículas salientes e os fragmentos de proteínas spike podem então ser reconhecidos pelo sistema imunológico.

O adenovírus também provoca o sistema imunológico ao ligar os sistemas de alarme da célula. A célula envia sinais de alerta para ativar as células do sistema imunológico próximas. Ao disparar esse alarme, a vacina Oxford/AstraZeneca faz com que o sistema imunológico reaja mais fortemente às proteínas spike.

Identificação

Quando uma célula vacinada morre, os detritos contêm proteínas spike e fragmentos de proteínas que podem então ser absorvidos por um tipo de célula do sistema imunológico chamada célula apresentadora de antígeno.

A célula apresenta fragmentos da proteína spike em sua superfície. Quando outras células chamadas linfócitos T auxiliares detectam esses fragmentos, os linfócitos T auxiliares podem fazer soar o alarme e ajudar a organizar outras células do sistema imunológico para combater a infecção.

Anticorpos

Outras células do sistema imunológico, chamadas linfócitos B, podem colidir com as espículas do novo coronavírus na superfície das células vacinadas, ou fragmentos de proteínas spike flutuantes. Alguns dos linfócitos B podem ser capazes de se fixar às proteínas spike. Se esses linfócitos B forem então ativados por linfócitos T auxiliares, eles começarão a proliferar e a liberar anticorpos que têm como alvo a proteína spike.

Parando o vírus

Os anticorpos podem se prender às espículas do novo coronavírus, marcar o vírus para destruição e prevenir a infecção ao impedir as espículas de se fixarem a outras células.

Matando células

As células apresentadoras de antígeno também podem ativar outro tipo de célula do sistema imunológico chamada linfócito T citotóxico para procurar e destruir quaisquer células infectadas pelo novo coronavírus que apresentem os fragmentos de proteína spike em suas superfícies.

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https://www.osul.com.br/vacinas-contra-o-coronavirus-saiba-como-funciona-a-oxford-astrazeneca/ Vacinas contra o coronavírus: saiba como funciona a Oxford/AstraZeneca 2021-07-20
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