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Rio Grande do Sul Vem aí mais uma etapa da pesquisa da Universidade de Pelotas sobre o coronavírus no Rio Grande do Sul

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Equipes farão 4,5 mil testes e entrevistas em nove cidades gaúchas. (Foto: Divulgação/UFPel)

Realizado pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas) sob encomenda do governo gaúcho, o estudo que busca identificar de forma mais precisa a incidência do coronavírus entre a população do Estado terá a sua sétima rodada neste fim de semana. A exemplo das etapas anteriores, entre o sábado (15) e a segunda-feira (17) serão aplicados testes rápidos e entrevistas com 4,5 mil pessoas em nove cidades.

A lista inclui Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Ijuí, Santa Cruz do Sul e Uruguaiana. Denominada “Epicovid19-RS (Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Rio Grande do Sul)”, a pesquisa mais recente constatou que a proporção de gaúchos com anticorpos para o coronavírus (ou seja, que já foram infectados) dobrou em um mês.

O número estimado de pessoas que têm ou já tiveram o coronavírus passou de 55.904 (32.891 a 81.059, pela margem de erro), na última semana de junho, para 108.716 (78.774 a 146.196), na última semana de julho. Esse aumento motivou a coordenação do estudo, em decisão conjunta com o governo do Estado, a antecipar em uma semana a realização da sétima etapa.

“Fazemos um ‘raio-X’ do coronavírus no Estado”, compara a epidemiologista Mariângela Freitas da Silveira, que integra a coordenação do estudo na UFPel. “Trata-se do único estudo populacional no mundo a realizar sete fases de acompanhamento com a população das mesmas cidades.”

Ainda segundo ela, o estudo em solo gaúcho encontrou uma evolução no percentual de casos semelhante à do estudo nacional, em que a prevalência também dobrou no intervalo de um mês. Enquanto o país atingiu 100 mil óbitos nesta semana, o Rio Grande do Sul tem apresentado aumento do número de casos, internações e mortes, com uma taxa de ocupação de leitos de UTI em torno de 76%.

Esta próxima coleta será muito importante para avaliarmos a realidade dos casos na população e o avanço do coronavírus nas diferentes regiões em relação à etapa anterior”, acrescenta.

Amostragem

Em cada município do estudo, a seleção das residências e dos moradores que irão fazer o teste para o coronavírus ocorre por meio de um sorteio aleatório, utilizando como base os censos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Além do exame, o participante responde a uma breve entrevista sobre ocorrência de sintomas relacionados à Covid-19, procura por assistência médica e aspectos relacionados à rotina das famílias em relação às medidas de distanciamento social.

Coordenadora do Comitê de Dados do governo no enfrentamento da Covid-19, Leany Lemos ressalta que o estudo sobre a prevalência da doença é importante para que se possa monitorar o comportamento da pandemia e a capacidade de atendimento em cada região, mas acima de tudo para alertar a população sobre as medidas de prevenção.

“Sempre digo que o vetor dessa doença é o ser humano. Nós somos os vetores, então é justamente os nossos cuidados, o distanciamento, o uso de máscara e evitar aglomerações. É assim que faremos essa contenção”, reforçou Leany Lemos.

A pesquisa tem apoio das secretarias de saúde e dos órgãos de segurança dos municípios e segue todos os protocolos de biossegurança para proteger os entrevistadores e participantes. Em caso de dúvida, os moradores podem entrar em contato com a Guarda Municipal ou Brigada Militar para obter informações sobre as visitas às casas. O estudo mobiliza 12 universidades públicas e privadas:

UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre); Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos); Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul); Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul); UFSM (Universidade Federal de Santa Maria); Unipampa/Uruguaiana (Universidade Federal do Pampa); UCS (Universidade de Caxias do Sul); Imed; UFFS/Passo Fundo (Universidade Federal da Fronteira Sul); UPF (Universidade de Passo Fundo) e Unilasalle (Universidade La Salle).

A partir desta rodada, o Banrisul também irá participar do financiamento do estudo, juntamente com a Unimed Porto Alegre, o Instituto Cultural Floresta, também da capital, e o Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro. Os resultados vão ser divulgados por integrantes da coordenação do estudo e do governo estadual cerca de 72 horas após a finalização da coleta de dados.

(Marcello Campos)

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