Sábado, 17 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2015
Começou nesta terça-feira (22) o verão no Hemisfério Sul sob um El Niño – o superaquecimento das águas do Pacífico – com intensidade máxima. No Brasil, a perspectiva é de que ao menos quatro das cinco regiões devem ter temperaturas além do normal de janeiro a março.
No mês de novembro, o El Niño já tinha feito com que as temperaturas no leste e no centro do Pacífico estivessem 4°C mais quentes em média, sinalizando a fase madura do fenômeno, que deve durar pelo menos até o início de janeiro. No meio de dezembro, anomalias de até 5°C estavam sendo registradas.
Esse ápice deve influenciar as temperaturas nos meses subsequentes no Brasil, afirma o CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), ligado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo climatologistas, apenas a Região Sul do País não está em perspectiva de calor anômalo para o verão.
Do Rio Grande do Sul até o Vale do Ribeira, em São Paulo, porém, há perspectiva de chuvas além do normal no período. No RS, em janeiro e fevereiro, as chuvas serão registradas com mais frequência na Região Oeste, mas também há possibilidade para o litoral.
Já as regiões Norte e Nordeste do País têm uma perspectiva de trimestre mais seco do que o normal. Tanto as anomalias de temperatura quanto as de pluviometria são sinais do El Niño, que em novembro já era o mais forte de todo o registro histórico, empatando com o de 1997/1998.
No contexto que leva em conta o planeta inteiro, o ano de 2015 já havia batido por antecipação o recorde histórico de temperaturas, ainda em novembro, superando 2014. A marca se deve tanto ao El Niño quanto ao aquecimento global, afirmou a Organização Meteorológica Mundial. (AG)