Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa se reúne hoje pela manhã e analisa o relatório do deputado Adilson Troca sobre o orçamento do Estado, que prevê déficit de 7 bilhões e 400 milhões de reais. Na terça-feira, irá à votação no plenário.
Alguns deputados da oposição subirão à tribuna para atacar a condução das finanças. Os governistas farão a defesa. Nada além do figurino usado há muitos anos, enquanto o rombo aumenta. O Legislativo apenas referenda a situação falimentar.
Precisa mudar
Esta coluna volta a insistir: entidades representativas da sociedade precisam acompanhar a elaboração do orçamento, a partir de março de cada ano. Mesmo que seja, conforme a lei, prerrogativa do setor público. O resultado da condução isolada de tecnocratas a população já conhece.
Caminho fácil
O Ministério da Fazenda entregou à equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, documento que aponta uma fórmula para reequacionar as contas públicas: redução de gastos, corte de incentivos fiscais e elevação de tributos. As duas primeiras, de difícil execução, não foram seguidas pelo atual governo. Quanto ao aumento da conta para os contribuintes, cabe apenas uma definição: palpite infeliz.
O horizonte
Os bilhões de reais de prejuízos anuais na União e nos Estados, provocados pelo desequilíbrio entre as receitas e as despesas, só aumentarão. O resultado será menos dinheiro em caixa para investir em saúde, educação e segurança. O Congresso Nacional e as Assembleias não gostam de tratar do assunto.
Bate-pronto
Ao dizer que vai pagar em caso de irregularidade nas movimentações financeiras, Bolsonaro não tapa o sol com a peneira e diminuiu o espaço de críticas da oposição.
Linha dura
Vestidos de preto e com uma cruz feita de tecido estendida no chão, servidores públicos simbolizavam o luto, gritando: “Cadê o meu dinheiro? Pimentel caloteiro!”. Local: Belo Horizonte. Motivo: atraso no pagamento do 13º salário. Pimentel é o governador de Minas Gerais, filiado ao PT.
Diferença de dois anos
A 12 de dezembro de 2016, o Jurômetro registrou 382 bilhões de reais. Às 23h de ontem, chegou a 439 bilhões. Valor pago pelo governo federal para rolar sua dívida desde 1º de janeiro deste ano. O que é preciso considerar: há dois anos, o juro estava em 13,6 por cento ao ano. Ontem, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa em 6,5 por cento pela sexta vez consecutiva.
Burocracia comanda
O uso do drogômetro para testes em motoristas ainda precisa de autorização do Departamento Nacional de Trânsito. Como se já não soubessem que o consumo de drogas é assustador e provoca acidentes gravíssimos.
É crime
A Força-Tarefa do Programa Segurança Alimentar realizou inspeções no Litoral Norte e recolheu 11 toneladas de alimentos estragados. Os boletins de registro revelam uma enciclopédia de atentados à saúde pública. Produtos com data vencida e mal acondicionados, graves problemas de higiene, carnes fora de temperatura e insetos dentro das embalagens.
Irresponsabilidade
Fica a impressão de que comerciantes inescrupulosos do Litoral armazenam produtos deteriorados para vender durante a temporada de verão, na certeza de que os consumidores não prestam atenção por estarem em férias. Consequência: atendimentos em postos de saúde e internação nos hospitais por intoxicação. O lazer termina em desprazer.
Mais rigor na lei
O recolhimento dos alimentos condenados e a aplicação de multa são medidas brandas para os que desprezam a saúde dos outros. O Código Penal precisa tornar a punição mais rígida, porque a situação se repete há muitos anos.
Jogam no supérfluo
A Câmara dos Deputados não tem mais o que fazer: analisa projeto que extingue as torcidas organizadas nos estádios de futebol.
Dá para prever
Se até o final da campanha presidencial deste ano os eleitores ficaram à espera do debate quente entre candidatos, que não aconteceu, já é possível prever o cenário de 2022: Ciro Gomes e João Doria estarão frente a frente com fósforos acesos diante de um tonel de gasolina.
O que será
Faltam 19 dias para eleitores começarem a acompanhar o termômetro da percepção falsa ou verdadeira.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.