Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
Em evento na segunda-feira promovido pela revista Exame, em São Paulo, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), criticou a ideia de recriação da CMPF proposta pela presidenta Dilma Rousseff, descartada pelo governo no sábado. Para Temer, o País “não suporta mais” o aumento dos tributos e propor a volta da contribuição sem uma “preparação do ambiente” político imporia uma “derrota fragorosa” ao governo.
No evento, o vice-presidente foi questionado sobre alternativas para contornar a previsão de déficit no Orçamento. Na avaliação dele, ainda há espaço para cortar despesas na máquina pública federal. Temer, porém, ressaltou que outra saída é o governo negociar com a sociedade a divisão do “prejuízo”, por meio da criação de um “pequeno tributo”.
“Não há a ideia de um tributo. Se os vários setores em conjunto acharem que, talvez, seja o caso de rachar o prejuízo e cortar despesas, um pequeno tributo pode surgir. Eu percebo que a grande maioria vai optar pelo corte das despesas da máquina estatal, e eu acho que é possível. Se todos se convencerem disso, haverá meios e modos”, avaliou.
Aos empresários, Temer destacou ainda que o Orçamento da União para 2016 será apresentado ao Congresso com déficit para mostrar a transparência das contas do governo federal e destacar que não há “maquiagem nas contas”. “Orçamento com déficit é uma coisa extremamente preocupante, mas está sendo feito assim, primeiro, para registrar a transparência absoluta das questões orçamentárias. Ou seja, não há maquiagem nas contas”, disse.