Brasil Empreiteira Camargo Corrêa firma acordo e assume fraudes em Angra 3
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2015
A empreiteira Camargo Corrêa fechou na sexta-feira um acordo de leniência com o MPF (Ministério Público Federal) e a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A empresa é investigada pela Operação Lava-Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras e outras empresas públicas.
O acordo de leniência é semelhante à delação premiada, mas é firmado com pessoas jurídicas que desejam cooperar com a Justiça. Para que seja firmado, é preciso que a empresa colaboradora confesse a participação nos ilícitos, pague ressarcimento pelos prejuízos, e revele informações para as investigações.
O intuito desse acordo, conforme a força-tarefa que investiga a Lava-Jato, é conseguir informações que comprovem a formação de cartel entre empresas que disputaram licitações da Eletronuclear para a construção da Usina Angra 3, entre os anos de 2013 e 2014.
O ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, em delação premiada, afirmou que houve conluio entre empresas para a construção de Angra 3. Conforme o delator, o esquema de cartel de empreiteiras realizado na Petrobras se repetiu na licitação da Eletronuclear para a construção da usina com o pagamento de propina para agentes públicos.
A Eletronuclear tem economia mista, e o controle acionário é da União. A empresa, criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares, responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no País, e foi o foco da 16 etapa da Lava-Jato. Nessa etapa, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão. (AG)
Deixe seu comentário
Últimas
Grêmio Renato Portaluppi cita desgaste do Grêmio, mas valoriza empate fora de casa com o Operário-PR
Política Lula participa de ato do Dia do Trabalhador com centrais sindicais no estádio do Corinthians
Rio Grande do Sul Helicópteros do Exército decolam para o Rio Grande do Sul para buscar vítimas das chuvas
