Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2016
O afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo e do mandato de deputado, por meio de liminar, surpreendeu o vice-presidente Michel Temer. O peemedebista esperava uma decisão para a tarde desta quinta-feira (5) em sessão do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF).
Temer está preocupado com a sucessão de Cunha no comando da Casa. O seu sucessor direto é o deputado Waldir Maranhão (PP-MA). Porém, ainda há dúvidas quanto à eventualidade de um afastamento definitivo do peemedebista do cargo. Se isso se confirmar na tarde de hoje, é possível, avaliam auxiliares de Temer, que ocorra uma nova eleição para o comando do Legislativo.
Neste caso, Temer buscará manter o máximo de distância destas negociações para elas não contaminarem a formação do seu eventual governo e as conversas que vêm sendo feitas há duas semanas com os partidos da base aliada.
A surpresa de Temer com a decisão do ministro Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal, não elimina o alívio de não ter Cunha na linha sucessória direta, caso ele se torne presidente da República na próxima semana, após a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff pelo Senado.
A possibilidade de Cunha assumir a Presidência da República em casos de viagens internacionais de Temer, por exemplo, vem sendo explorada pelos aliados de Dilma como um dos motivos para não tirá-la do cargo. Entre os auxiliares de Temer, esta preocupação era premente.
Com uma eventual manutenção do afastamento pelo pleno do STF na tarde desta quinta-feira, Temer terá um problema a menos pela frente. (AG)