Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2022
Viúva de Vyacheslav Taran, o bilionário das criptomoedas morto em um acidente de helicóptero em Mônaco, a russa Olga Taran publicou uma carta aberta no site Hello Monaco, do qual é dona, desmentindo acusações de que seu marido lavava dinheiro para oligarcas russos.
Ela também negou que Vyacheslav, que tinha 53 anos, fosse um espião russo ou apoiasse o país no conflito com a Ucrânia. Segundo o texto, essas acusações foram feitas por um site de notícias ucraniano.
“Tudo isso é ultrajante e manifesta uma mentira absoluta. Meu marido nunca teve nenhuma ligação com o governo russo ou qualquer afiliação política. Ele deixou a Rússia para se concentrar em seus interesses comerciais em 2008”, escreveu Olga.
Ela afirma ainda que o marido, nos primeiros meses da guerra, criou uma fundação de caridade para auxiliar refugiados ucranianos em Montenegro.
“Este ataque é injusto com Viacheslav, que sempre apoiou ativamente o povo ucraniano por meio de suas fundações de caridade, especialmente crianças que perderam seus pais (…) Por favor, não manche seu bom nome e memória. Ainda não recebemos o corpo de Viacheslav devido à investigação e cada dia traz uma dor insuportável”, escreveu a mulher.
Vyacheslav Taran foi identificado como um dos mortos em um acidente de helicóptero em Villefranche-sur-mer, cidade situada a 17 km de Mônaco. O russo era dono da Libertex, uma empresa que atuava no ramo de criptomoedas e patrocina grandes clubes de futebol, como o Bayern de Munique e Tottenham.
Além de Taran, o piloto da aeronave, de 35 anos, também morreu no acidente ocorrido na sexta-feira por volta das 14h. Os dois voavam de Lausanne, na Suíça, para Mônaco. De acordo com a imprensa francesa, o helicóptero da Monacair caiu nos Alpes Franceses.
A Libertex, a empresa de câmbio e criptoativos fundada por Taran em 1997, lamentou a morte por meio de um comunicado: “Vyacheslav Taran fará mais falta do que as palavras podem expressar, e todos na Libertex serão eternamente gratos pelo que ele realizou”.
A nota da Libertex estendeu as condolências à família do piloto e pediu para que “neste momento difícil e extremamente doloroso, a privacidade da família seja respeitada”.
Taran viveu em Mônaco nos últimos 10 anos, segundo a mídia local. Ele deixa mulher e três filhos. A polícia da cidade de Nice
A empresa de viagens Monacair também emitiu um comunicado. “Neste estágio da investigação, nenhum elemento sobre as circunstâncias deste acidente pode ser pronunciado”, diz o texto.
O caso é investigado pela polícia da cidade francesa de Nice. As informações são do jornal O Globo.
