Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2022
Claro, Vivo e TIM estão pedindo R$ 3,186 bilhões de volta da Oi. O valor se refere aos ajustes pós-fechamento na venda da operação de telefonia móvel que reunia mais de 40 milhões de clientes da tele carioca. Desse total, as três teles já haviam questionado R$ 1,447 bilhão referente a esses ajustes. Agora, em uma nova revisão, decidiu cobrar outros R$ 1,739 bilhão.
As três teles ofereceram ao todo R$ 16,5 bilhões pelos ativos móveis da tele carioca em meados de 2020. O negócio foi aprovado pelo Cade, que regula a concorrência no país, no início deste ano com algumas condicionantes.
Em comunicado enviado pela Oi a seus a acionistas, a tele carioca informou “que discorda veementemente do valor do ajuste pós-fechamento pelas compradoras”.
Para a Oi, o cálculo feita pelas três empresas “apresenta erros procedimentais e técnicos, havendo equívocos na metodologia, nos critérios, nas premissas e na abordagem adotados pelas compradoras e seu assessor econômico KPMG”.
A tele carioca disse que vai adotar todas as medidas cabíveis em relação à notificação, o que inclui a reparação de perda e danos eventualmente causados. Segundo a Oi, a empresa tem “direito de apresentar às compradoras notificação de discordância a respeito do ajuste pós-fechamento, dentro do prazo de 30 dias úteis contados do efetivo recebimento da notificação de ajuste de fechamento”.
Em processo de recuperação judicial, a Oi decidiu vender diversos ativos para reduzir suas dívidas, como a própria operação móvel, antenas, além da operação de TV por assinatura e metade de suas operações de fibra óptica.
A Oi disse ainda que as três empresas pedem R$ 353,269 milhões em relação à indenização referente à revisão dos inventários móveis. “A companhia informa que também discorda do valor global das perdas conhecidas apresentado pelas compradoras”.
A Oi e as Compradoras terão cinco dias úteis para tentar alcançar um novo acordo.
A Oi esclarece que o ajuste de preço pós-fechamento é uma etapa normal no processo de venda, prevista em contrato, diante da complexidade e da magnitude da operação.
Em nota, a tele disse ainda que a negociação em curso não afetará os serviços prestados aos clientes, e a companhia continuará prestando os serviços de transição acordados com as compradoras nos contratos de prestação de serviços de transição. As informações são do jornal O Globo.