Por Redação O Sul | 25 de junho de 2025
A informação foi divulgada na reunião da Anac que cassou, em definitivo, o Certificado de Operador Aéreo da Voepass
Foto: Divulgação/VoepassA Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) apontou que a Voepass operou 2,6 mil voos com aviões sem manutenção adequada após o acidente aéreo de 9 de agosto de 2024, quando a queda de uma aeronave da empresa deixou 62 mortos em Vinhedo (SP).
A informação foi divulgada na reunião da Anac que cassou, em definitivo, o Certificado de Operador Aéreo da Voepass. Com a decisão, a companhia aérea ficou impedida de realizar o transporte aéreo de passageiros, ou seja, operar voos. A empresa não pode mais recorrer.
A cassação da operação já havia sido determinada em primeira instância, mas a empresa recorreu. Na reunião da diretoria da Anac realizada na terça (24), o advogado da Voepass, Gustavo de Albuquerque, defendeu que a cassação pode significar uma “pena perpétua”.
A decisão foi tomada após uma operação assistida realizada pela Anac depois do desastre aéreo em Vinhedo. Segundo o relator do processo, o diretor da agência Luiz Ricardo Nascimento, em dez meses, a fiscalização encontrou diversas irregularidades na operação da Voepass.
Nascimento afirmou que a empresa deixou de cumprir, reiteradamente, inspeções obrigatórias, que são manutenções que, se não executadas adequadamente, podem resultar em falhas, mau funcionamento ou defeito, ameaçando a operação segura, segundo a Anac.
Ao todo, foram feitas 20 inspeções em sete aeronaves que a empresa deixou de realizar, segundo o relator. Com isso, 2.687 voos foram feitos em condições irregulares, apontou.
A operação de voos da empresa já estava suspensa desde 11 de março, depois que a Anac identificou falhas em aspectos de segurança e determinou a correção dessas irregularidades. A companhia aérea atendia 16 destinos em voos comerciais, incluindo os municípios gaúchos de Santa Maria e Pelotas.
