Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2021
A youtuber cubana detida durante uma entrevista ao vivo foi liberada nesta quarta-feira (14), segundo ela mesma informou em suas redes sociais. “Estou bem, não me maltrataram, não me sequestraram”, disse Dina Stars. “Me levaram por ‘instigação a delinquir’ que é o nome que deram para os que promoveram as manifestações.”
Ela pediu que não fossem espalhadas desinformações e disse que nada de ruim aconteceu com ela, que estava de volta, e em segurança. Na véspera, ela interrompeu uma transmissão que fazia para a televisão internacional e disse que a polícia do país estava à sua porta.
“Eu torno o governo [de Cuba] responsável de qualquer coisa que acontecer comigo”, disse a influencer ao programa Todo Es Mentira, do canal Cuatro.
Imagens transmitidas pela emissora Telemundo, braço da americana NBC em espanhol, mostraram a jovem sendo acompanhada por dois agentes para dentro de uma viatura.
Dina Stars é uma conhecida youtuber da ilha caribenha, com cerca de 33 mil inscritos. No momento da interrupção, ela falava sobre os protestos em Cuba.
O agravamento da pandemia da Covid-19 e a situação econômica, a pior em 30 anos, motivaram as marchas que ocorreram na capital, Havana, e em outras cidades. Os protestos, divulgados nas redes sociais, começaram de forma espontânea pela manhã no último domingo.
Moradores também têm relatado cortes de eletricidade na ilha, severamente prejudicada pela redução do turismo. O governo cubano diz que a mobilização é de setores ligados aos Estados Unidos, interessados em desestabilizar o país.
No primeiro sinal de recuo, três dias após os maiores protestos desde 1994, desencadeados principalmente pela escassez de remédios e alimentos, o governo de Cuba autorizou a importação por meio de passageiros que chegam ao país de alimentos, produtos de higiene e medicamentos sem limite de valor de importação e sem pagamento de tarifas. Segundo o primeiro-ministro Manuel Marrero a medida é excepcional e entrará em vigor na próxima segunda-feira, com validade até o fim do ano. As informações são do portal de notícias G1 e do jornal O Estado de S. Paulo.