Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2019
Na manchete do Wall Street Journal de sábado para domingo, “China sai com vitórias na trégua comercial”. A maior é que joga para a frente concessões que “não quer fazer”, por exemplo, em tecnologia. As informações são da coluna de Nelson de Sá, do jornal Folha de S.Paulo.
Quanto à promessa de comprar mais dos fazendeiros americanos, festejada por Donald Trump em comício ao vivo na Fox News, vai depender das “necessidades reais” do país, segundo “negociadores chineses”, que enfatizaram:
“A China não deve ser forçada a desviar compras de outros países como o Brasil para atender à solicitação dos EUA.”
Também o Financial Times noticiou que a “China faz poucas concessões na trégua com os EUA”. Logo abaixo, “Pequim acredita que o tempo está do seu lado, com Trump buscando um impulso econômico para a eleição” do ano que vem.
Já o Renmin Ribao/People’s Daily e o Huanqiu Shibao/Global Times, jornais vinculados ao PC chinês, publicaram comentários contidos, sublinhando apenas que foi alcançado “progresso substancial”.
Novas marcas
O WSJ destacou também a extensa reportagem “América está perdendo o consumidor chinês”. Marcas locais de artigos esportivos como Li-Ning (acima, imagem da loja) tomam o lugar de Nike e Adidas. O mesmo vale para Carrefour, Uber e outras.
O jornal cita estudos de bancos e consultorias ocidentais para alertar que a “China hoje contribui com um terço do crescimento global” e deve “passar EUA como maior mercado consumidor em 2021”.
Rivais ocidentais da Huawei
O FT publicou que os EUA propuseram “financiar rivais ocidentais da Huawei” em tecnologia 5G, as europeias Nokia e Ericsson. Antes, foram abordadas as americanas Oracle e Cisco, para “estimular um rival caseiro”, mas ambas “rechaçaram, avisando que seria muito caro e demorado”.
Três dias depois, o WSJ noticiou que em novo estudo, “não público”, a União Europeia passou agora a “identificar ameaças de segurança” no 5G da Huawei.
Debandada
O Washington Post informa que caiu mais um diplomata ligado ao Brasil. Após Kimberly Breier em agosto e John Bolton em setembro, agora foi Michael McKinley, assessor direto do secretário de Estado e, até um ano atrás, o embaixador americano.
Foi ele que, a quatro meses da eleição, se reuniu com Jair Bolsonaro.
Mais catástrofe
O francês Le Monde ainda dá atenção ao salto de 93% no desmatamento da Amazônia, mas outros já se voltaram de vez para o petróleo nas praias, que o alemão Süddeutsche Zeitung vê como a nova “catástrofe ambiental no Brasi”.
A Bloomberg diz que “ninguém sabe de onde veio”, a CNN fala em “mistério”, a Deutsche Welle aponta “enigma” e a Al Jazeera foi a Coruripe, em Alagoas (vídeo acima), confirmar que “não está clara a origem do imenso derramamento de petróleo”.