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Economia A Organização Mundial do Comércio revisou para baixo a projeção de crescimento da economia global em 2019

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Com o mundo se dividindo em duas esferas, será preciso aprender a conviver com a rivalidade entre essas potências. (Foto: Reprodução)

Depois registrar no ano passado um crescimento global de 3%, a OMC (Organização Mundial do Comércio) revisou para baixo a projeção para 2019, que agora é de 2,6%. Tem sido habitual atribuir essa queda no crescimento do comércio mundial ao conflito comercial entre os Estados Unidos e a China.

Conforme o diretor-geral da entidade, o brasileiro Roberto Azevêdo, em um cenário com tensões em alta ninguém deveria ficar surpreso com esse resultado: “O comércio não pode plenamente desempenhar o seu papel de motor do crescimento quando observamos níveis tão altos de incerteza”.

As incertezas com relação ao Brexit (processo de saída do Reino Unido da União Europeia) também não estão ajudando. E, contrariamente às expectativas do início do ano, uma retomada do comércio em 2019 e 2020 parece não se concretizar.

Essa desaceleração do crescimento do comércio tem também outras causas. Tarifas e barreiras não tarifárias compõem uma escalada protecionista que afeta não somente o comércio bilateral Estados Unidos-China, mas a totalidade do comércio mundial. Além disso, a desaceleração e a volatilidade dos mercados financeiros têm ocorrido em boa parte do mundo.

A questão que se coloca é se a desaceleração do crescimento do comércio mundial é causa ou consequência de algo mais estrutural. A economia mundial, a partir da crise financeira de 2008, não é mais a mesma dos áureos tempos em que a expansão do comércio trazia a reboque o crescimento da economia global.

Não se trata agora, como em 2008, de uma crise financeira, sem ligação direta com o lado real da economia, a produção de bens e serviços. Alguma coisa mudou nas duas últimas décadas e talvez só agora estejamos nos dando conta da mudança.

O emprego e a produção industrial já não lideram o crescimento das nações. Em parte pela tecnologia e a crescente automação, em parte porque a demanda das famílias por bens e serviços não sustenta a produção.

Em um ambiente de grande incerteza com relação ao emprego, famílias poupam mais e consomem menos. Firmas reagem às incertezas freando o investimento. Menores investimentos se refletem em menor crescimento das economias.

Incertezas

Há dúvidas se o crescimento da economia americana se sustentará. Mas já não há mais incertezas se a segunda economia do mundo está em processo de franca desaceleração. A própria recuperação brasileira, embora lenta, ainda está distante de trazer de volta os empregos perdidos pelos desmandos dos governos anteriores.

Incertezas vindas da Argentina não ajudam. O eleitor do país vizinho decidiu substituir o governo que pretendeu corrigir os desmandos da política econômica do passado trazendo de volta os próprios causadores desses desmandos. Como isso impactará o mercado que é crítico para nossas exportações industriais? Essa é uma das perguntas.

A retomada de nosso crescimento sustentável demanda racionalidade na política econômica e o crescimento da produtividade de nossa economia. A produtividade está estagnada faz duas décadas. A chave da inserção da competitiva economia brasileira na nova economia global é o aumento da produtividade.

Para o País, será preciso mudar a maneira de inserção na economia globalizada, pois tem somente 1% do comércio mundial e há espaço para aumentar essa participação. A maior abertura ao comércio global trará às empresas brasileiras economias de escala e especialização; e a especialização traz consigo aumentos de produtividade, que beneficiam, em última instância, o consumidor brasileiro.

“Demos um importante passo com o acordo Mercosul-União Europeia”, dizem especialistas. “Outros acordos permitirão uma maior abertura da economia brasileira ao mercado global, com o aumento da produtividade no País e benefício da maior competição para o consumidor brasileiro”.

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