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Mundo A princesa de Dubai fugiu para Londres com os seus dois filhos

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Princesa Haya, irmã do rei da Jordânia, é a terceira mulher a deixar o palácio de Mohammed bin Rashid al-Maktoum. (Foto: Reprodução)

Poucos líderes mundiais são conhecidos por escrever poesia. Quase nenhum registra seus rompimentos conjugais em verso em seus sites pessoais. Mas existe o governante de Dubai, o xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum , que tem mostrado sua angústia romântica on-line, em árabe e inglês, para qualquer pessoa ler.

“Ó querida, não há mais nada a dizer / O seu silêncio mortal me deixou vazio”, escreveu ele em um poema postado em seu site oficial. “Você não está mais comigo. Não me importa se você está viva ou morta.”

A princesa Haya, a mais visível e glamurosa das seis mulheres do xeque, deixou-o.

Ela fugiu com seus filhos de 11 e 7 anos para Londres há alguns meses, disse uma pessoa próxima à família real, fazendo dela pelo menos a terceira mulher a fugir dos palácios do xeque de Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes Unidos.

Haya, de 45 anos, está pedindo o divórcio e asilo político no Reino Unido, segundo essa fonte, que pediu para não ser identificada.

Sua deserção acontece depois das tentativas de fuga de duas das filhas do xeque Mohammed, Shamsa al-Maktoum e Latifa bin Mohammed al-Maktoum. Elas foram recapturados pelas forças dos Emirados, e seus advogados dizem que estão sendo mantidas em Dubai contra sua vontade.

Haya foi criticada por seu papel em ajudar a abafar o escândalo do desaparecimento de Latifa, convidando sua amiga, a ex-presidente irlandesa Mary Robinson, para visitar Dubai e testemunhar o bem-estar da princesa.

Haya não foi vista recentemente ou falou publicamente sobre sua partida, e os poemas do xeque não identificam o tema por seu nome. Os governos de Dubai e dos Emirados Árabes Unidos não responderam aos pedidos de comentários.

Haya aparece com frequência na imprensa britânica, que publicou fotos dela com o marido nas corridas de cavalo de Ascot, Epsom Derby e em outros eventos do calendário equestre inglês.

Ela é filha do rei anterior da Jordânia, Hussein, foi educada em escolas particulares britânicas, estudou política, filosofia e economia em Oxford e é ex-presidente da Federação Equestre Internacional. Diz-se que ela e o ex-marido tinham relações amigáveis com a rainha Elizabeth II.

A imprensa dos Emirados frequentemente escrevia tributos a seu trabalho humanitário e a seu casamento com o xeque Mohammed, de 69 anos, celebrado em uma cerimônia discreta em Amã, em 2004.

“Nunca nos cansamos desses dois”, escreveu a revista Emirates Woman em uma longa reportagem ilustrada, intitulada “Onze momentos em que o xeque Mohammed e a princesa Haya foram o casal perfeito”.

O artigo relatava as passagens do casal pela corrida de Ascot, o evento anual mais famoso do Reino Unido. O xeque é dono de um estábulo na Inglaterra, chamado Godolphin. Mas a princesa não foi à corrida deste ano.

O Times de Londres informou na segunda-feira (1º) que ela está morando com os dois filhos do casal, Zayed e Jalila, em uma mansão perto do Palácio de Kensington, no valor de US$ 107 milhões. Outros relatos não confirmados disseram que ela primeiro buscou asilo na Alemanha antes de aterrissar em Londres e que levou US$ 39 milhões para começar a nova vida.

Divórcio complicado

É provável que o divórcio seja complicado, com dois filhos pequenos, bilhões de dólares e um emaranhado de relações políticas, incluindo as antigas alianças dos Emirados Árabes Unidos com o Reino Unido e a Jordânia, em jogo. A princesa é meia-irmã do rei Abdullah II da Jordânia.

Enquanto os homens podem facilmente se divorciar de suas mulheres sob a lei islâmica que rege o casamento nos Emirados Árabes Unidos, as mulheres devem comparecer à Justiça e superar várias barreiras legais antes de terminar um casamento. Embora as mulheres divorciadas possam manter a guarda dos filhos até uma certa idade, a tutela legal — e o controle de sua educação e finanças —  geralmente fica com o homem.

O que torna a partida de Haya especialmente intrigante é seu papel no caso de Latifa —  cuja mãe é outra das mulheres do xeque —  e se, em algum momento, ela poderá lançar mais luz sobre o episódio.

Latifa tentou fugir no ano passado do que ela descreveu como uma existência sufocante em Dubai. Ela chegou em um iate ao Oceano Índico, de onde pretendia ir para a Índia e depois para os Estados Unidos, quando foi sequestrada por enviados dos Emirados que a levaram de volta a Dubai, disseram seus acompanhantes.

O escritório do xeque Mohammed emitiu um comunicado em dezembro, dizendo que Latifa estava segura em Dubai, celebrando seu 33º aniversário com a família “em privacidade e paz”.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia não respondeu a um pedido de comentário. O Ministério das Relações Exteriores britânico não quis comentar, e um porta-voz do Ministério do Interior britânico, que cuida dos pedidos de asilo, disse que não pode comentar casos individuais.

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https://www.osul.com.br/a-princesa-de-dubai-fugiu-para-londres-com-os-dois-filhos/ A princesa de Dubai fugiu para Londres com os seus dois filhos 2019-07-03
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