Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2017
Um advogado passou a sexta-feira preso após ser acusado de injúria racial por oferecer uma banana a uma funcionária negra no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana da capital mineira. Conforme a Polícia Civil, o homem pagou fiança de 3 mil reais e foi liberado por volta das 21 horas da Delegacia de Plantão do município de Vespasiano.
Outros passageiros confirmaram à polícia que, após uma discussão no check-in da companhia aérea Azul, no início do dia, o homem retirou a banana da bagagem e entregou à atendente. A funcionária denunciou o caso à delegacia da Polícia Federal do aeroporto, que prendeu o advogado já dentro do avião, após ele embarcar.
O homem, que não teve a identidade revelada pela polícia, chegou a ser levado à Superitendência da Polícia Federal em Belo Horizonte e, depois, foi encaminhado à Polícia Civil. Ele deve responder em liberdade ao inquérito policial por injúria racial. A pena prevista pelo Código Penal é de multa e reclusão de um a três anos – muitas vezes estabelecida pela Justiça em regime aberto ou semiaberto.
Confusão
Ele disse que situação trata-se de mal entendido e contou que tem o hábito de dar frutas para os funcionários do aeroporto quando fica em hotéis, uma vez que leva os alimentos do café da manhã para presentear. “Não consigo entender o que está acontecendo. Eu não vejo a ligação da pessoa com a banana. Isso se a gente tivesse falando de pessoa de cor, mas ela não é de cor, ela tem a mesma cor que eu quase, não tem como entender a situação”, afirmou.
A colaboradora lamentou a postura do advogado e disse que irá ajuizar uma ação contra o homem.
A BH Airport, responsável pelo aeroporto de Confins, disse que não vai se pronunciar sobre o ocorrido. Já a companhia Azul, por meio de nota, informou que “já está prestando assistência à sua Tripulante e que não vai comentar o caso para não atrapalhar o inquérito policial”.