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Brasil Além de movimentações bancárias atípicas dos hackers, a Polícia Federal aponta suspeitas em compra de dólares e euros por eles

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Até agora, a PF já contabiliza pelo menos quatro casos em que o autor ou os autores das invasões deram início ou continuaram diálogos, fingindo ser o dono do telefone. (Foto: Agência Brasil)

Além de movimentações bancárias atípicas dos supostos hackers presos na terça-feira (23) sob acusação de terem invadido o Telegram do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, e outras autoridades, a PF (Polícia Federal) também apontou suspeitas envolvendo operações de câmbio para compra de dólares e euros, que totalizaram o montante de R$ 90 mil.

O alerta foi feito à PF por relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiro), que foi utilizado para pedir a prisão temporária dos supostos hackers à 10ª Vara Federal do DF. “Foram verificadas diversas operações financeiras suspeitas, ocorridas entre 01/01/2016 e 05/12/2016, efetivadas por Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques, dentre outras pessoas, relacionada à compra de dólares americanos e euros em lojas de câmbio situadas em aeroportos”, escreveu a PF em sua representação.

O período, porém, é bem anterior à invasão do Telegram de Sérgio Moro. A PF citou o fato para demonstrar a “relação criminosa” entre os alvos da operação. Segundo o relatório do Coaf, “Walter Delgatti e Danilo Cristiano Marques teriam comentado que usariam o dinheiro para comprar armas”.

“A comunicação do Coaf anota que as operações suspeitas de câmbio têm o montante associado de R$ 90.712,00 e que além das operações realizadas, outras operações de câmbio foram tentadas pelos envolvidos, mas frustradas em razão de terem sido consideradas suspeitas”, escreveu a PF.

Os investigadores detalham ainda a relação de Walter Delgatti Neto com os outros dois alvos da operação, Gustavo Henrique Elias Santos e sua namorada Suellen Priscila de Oliveira. Segundo a representação, Walter apresentou uma denúncia contra Gustavo em uma delegacia da PF, acusando-o de ter lhe repassado dinheiro falso. “Aparentemente seria um pequeno desentendimento entre parceiros no crime”, escreveu a PF. A representação aponta que eles foram flagrados juntos durante cometimento de outros crimes.

As defesas de Walter e Danilo não responderam. A defesa de Gustavo e Suellen afirma que eles não tiveram participação nos ataques a celulares de autoridades e que foram presos pela relação de amizade com Walter.

PF

A Polícia Federal informou na noite desta quinta-feira (25) que preservará o “conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material” apreendido na Operação Spoofing. Caberá à Justiça definir o destino do material, disse a PF.

O ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), disse mais cedo, por meio de nota, que o ministro Sérgio Moro havia dito, em uma ligação, que as mensagens seriam descartadas “para não devassar a intimidade de ninguém”. Noronha foi um dos alvos da invasão. À noite, a assessoria do ministro Sérgio Moro afirmou que o conteúdo das mensagens está preservado, até por questões de privacidade.

“A Polícia Federal esclarece que as investigações que culminaram com a deflagração da Operação Spoofing não têm como objeto a análise das mensagens supostamente subtraídas de celulares invadidos. O conteúdo de quaisquer mensagens que venham a ser localizadas no material apreendido será preservado, pois faz parte de diálogos privados, obtidos por meio ilegal. Caberá à Justiça, em momento oportuno, definir o destino do material, sendo a destruição uma das opções.”

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A Polícia Federal rastreia o dinheiro de hackers que vazaram conversas de Sérgio Moro
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