Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2019
Todo mundo certamente deve ter sentido de alguma forma o apagão que tomou conta do Facebook e de suas subsidiárias, o Instagram e o WhatsApp, na última quarta-feira (03). Além de instabilidade, quedas, fotos e recados que demoraram ou não chegaram, entre outras reclamações, muita gente ficou na bronca porque atualmente precisamos bastante das redes sociais e dos mensageiros para nos comunicar não só para os assuntos pessoais como também a trabalho.
As primeiras manifestações aconteceram pela manhã, por volta das 10h, no horário de Brasília, e tiveram pico entre 11h e 14h. Os bugs mais comuns eram mensagens não enviadas/recebidas no WhatsApp e imagens “quebradas” no Facebook.
Nesse horário, o Facebook emitiu um comunicado dizendo que estava ciente dos problemas e que vinha trabalhando para restabelecer seus apps.
Depois do dia todo balançando, a plataforma então emitiu um comunicado, já à noite, dizendo que o problema estava resolvido e pediu desculpas pelo inconveniente.
No final, a companhia disse que o apagão foi decorrente de um erro de “rotina de manutenção” e não deu mais explicações — o que é meio frustrante, já que aguardávamos uma descrição mais detalhada sobre o ocorrido.
Ainda não se sabe exatamente se há alguma ligação com a queda recente do Cloudfare, no início da semana passada. Mas, ao que parece, as coisas voltaram ao normal.
Inteligência artificial
As plataformas do Facebook, incluindo WhatsApp e Instagram, apresentaram problemas em processar envios de mídia e de carregamento de arquivos na quarta-feira (3). Na mesma noite, o problema já havia sido resolvido. Contudo, ao longo do dia os usuários puderam ver no Facebook, ao invés de imagens no feed, parte do “segredo” por de trás da identificação de fotos feita pela inteligencia artificial da rede social.
Ao navegar pelas fotos da timeline era possível ler um texto informando palavras chaves como “Imagem pode conter uma ou mais pessoas”. Em resumo: mostrava como o mundo real se parece para um computador. O mesmo bug aconteceu no Instagram e, além de detalhar cenas gerais e descrições de objetos, também indicavam, com base no reconhecimento facial do Facebook, quem estava em uma foto (mesmo que este não tenha sido marcado manualmente por algum usuário).
A empresa justifica que tal aprendizado de máquina, capaz de “ler” imagens dessa forma, faz parte do sistema de acessibilidade implementado em 2016. As tags seriam usadas para descrever fotos e vídeos para usuários com deficiências visuais.
Não existem indicações de que o Facebook também use essas informações para segmentar anúncios. Mas há muitos dados sobre a vida dos usuários contidos nas imagens e que, em tese, poderiam ser usados para tal fim.