Segunda-feira, 30 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2019
Alberto Fernández assumiu a presidência da Argentina na terça-feira
Foto: DivulgaçãoO novo governo da Argentina, comandado pelo presidente Alberto Fernández, decidiu, neste sábado (14), aumentar os impostos sobre as exportações agrícolas, uma medida justificada como urgente para enfrentar a grave situação das finanças públicas do país, que é um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do mundo.
O aumento na taxação se junta a outra medida econômica: a elevação no custo para a demissão de trabalhadores. Nos próximos 180 dias, quem for demitido sem justa-causa terá que receber o dobro da rescisão trabalhista.
Exportações
Foram publicados um decreto e uma resolução que alteram a legislação de exportações agrícolas do país, que o ex-presidente Maurício Macri lançou em setembro de 2018.
Até então, as exportações agrícolas eram tributadas a uma taxa de 4 pesos por cada dólar exportado, mas o Executivo argentino alegou que, desde que esse esquema foi implementado, “houve uma deterioração do valor dos pesos em relação ao dólar”.
Agora, o pagamento dessa taxa será eliminado e substituído por uma taxa de 9% para produtos como milho, trigo e carnes. Para a soja, o principal produto de exportação da Argentina, o aumento é significativo. Antes, os exportadores do grão pagavam 18% e, com a mudança, a taxa vai para 27%.
A Argentina é a principal fornecedora de trigo e farinha do Brasil. A decisão pode deixar o produto mais caro para a indústria se houver repasse da nova tributação.