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Por Redação O Sul | 23 de junho de 2017
Mais duas mortes por gripe foram confirmadas nesta sexta-feira (23) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) no Rio Grande do Sul. São dois homens que foram diagnosticados com Influenza A H3N2. Com isso, o total de vítimas chega a 17 neste ano.
Segundo o secretário João Gabbardo Reis, uma das vítimas – um homem de 64 anos, natural de Santa Cruz do Sul – havia se vacinado contra a Influenza. Ele tinha doenças crônicas.
A outra vítima é um morador de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, de 53 anos. Ele não tinha vacina contra gripe e também foi diagnosticado com meningite.
O estado já registrou neste ano 160 casos de gripe A H3N2, sendo que 12 pessoas morreram. Em 32 casos notificados de Influenza B, ocorreram duas mortes. Outras duas mortes foram registradas por Influenza A não subtipado, de 13 casos. Duas notificações ocorreram por coinfecção de gripe A H3N2 e Influenza B, com uma morte. Não houve vítima de gripe A H1N1 neste ano, apenas um caso notificado.
Os dados são do último relatório divulgado pela secretaria, nesta sexta-feira (23).
Gripe
A gripe é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza que provoca febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo e mal estar. O maior problema da influenza são as complicações como otites e pneumonias, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito.
O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, está disponível em todo o Estado, gratuitamente, e o seu uso no início do aparecimento dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para impedir o agravamento dos casos. Atenção aos sintomas: febre, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. Ao apresentar esses sinais, procure atendimento.
O tratamento pode ser prescrito tanto por médicos do SUS como particulares, com a dispensação, sem custos, garantida pela rede pública.
Para retirar o antiviral, o paciente deve apresentar somente prescrição médica. Não há mais a necessidade do Receituário de Controle Especial e do Formulário de Dispensação, visando facilitar o acesso da população ao medicamento.
Uma ação fundamental para diminuir a circulação dos vírus da gripe é a adoção de hábitos simples. Confira:
Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
O que popularmente ficou conhecida como “gripe A” é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. O Estado do Rio Grande do Sul foi duramente atingido no inverno daquele ano, com registro de 3.585 casos confirmados da doença e 298 óbitos.
Em 10 de agosto de 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o fim da pandemia e início da fase pós-pandêmica, indicando que o vírus H1N1 se manteria em circulação, apresentando comportamento de vírus sazonal. A ocorrência de casos confirmados da doença é, portanto, esperada e o monitoramento destes casos no RS confirma a indicação da OMS: a circulação do vírus da Influenza A H1N1 não se caracteriza como uma situação atípica no cenário do inverno gaúcho, sendo mais um agente, entre vários, que causam doenças respiratórias agudas.
Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.