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Brasil Com a queda dos juros, o crescimento do País virá no ano que vem, disse um ex-ministro da Fazenda

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Dentre os riscos para esse cenário, afirmou, está o ritmo de entrega de reformas e execução. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O principal driver para o crescimento do PIB (produto interno bruto) brasileiro no curto prazo será a baixa taxa de juro, hoje em 5,5% e com espaço para queda, disse nesta terça-feira (15), o ex-ministro da Fazenda Eduardo Guardia, que neste ano, após seu período de quarentena, assumiu o comando da gestora do BTG Pactual.

“E é a partir da queda das taxas de juros que se cria um ambiente interessante e propício para renda variável”, afirmou ele, em coletiva de imprensa. O crescimento virá, prevê ele, a partir do ano que vem.

Com isso, existe oportunidade de valorização de ativos em Bolsa no Brasil. De cara, diz ele, a redução de juros melhora a avaliação das companhias, pois altera o fluxo de caixa trazendo para valor presente. Outro ponto é a melhora do custo da dívida, que também cai conforme o juro está mais baixo.

A valorização dos ativos em bolsa também ocorrerá na esteira da migração de ativos aplicados em renda fixa no País – hoje na casa de R$ 3 trilhões, somando os investidos diretamente e os indiretamente em previdência – para renda variável e outras classes de ativos, na busca por mais rentabilidade.

Dentre os riscos para esse cenário, afirmou, está o ritmo de entrega de reformas e execução, o que pode afetar a manutenção de forma estrutural da baixa taxas de juros.

Reforma administrativa

Guardia afirmou que, se estivesse na equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, apostaria primeiro na reforma administrativa e deixaria para uma próxima etapa a tributária.

“Você não consegue fazer tudo ao mesmo tempo. É difícil, complexo. Pega Previdência, ficamos discutindo dois anos e não conseguimos aprovar. São quase três anos e meio discutindo um tema que é óbvio”, disse Guardia, sem citar as circunstâncias que levaram ao atraso na reformulação da regras de pensões e aposentadorias.

Em 2017, a reforma da Previdência travou no Congresso após Temer perder força política com a divulgação de uma conversa considerada suspeita entre ele e o acionista da JBS, Joesley Batista, gravada pelo próprio empresário.

Guardia também afirmou que a reforma hoje em tramitação no Senado, e apresentada pela equipe do titular da pasta, Paulo Guedes, traz uma economia maior que a proposta durante a sua gestão.

O executivo do BTG afirmou ainda que foi correta a decisão do governo de priorizar a reforma da Previdência para “trazer temas complexos”.

“Se eu tivesse lá, [focaria a] administrativa primeiro”, afirmou.

Ele acrescentou que a reforma tributária é mais complexa porque não existe consenso entre as propostas.
“A gente sabe que ela não é neutra do ponto de vista de carga tributária. Vai ter ganhadores e perdedores”, acrescentou.

Guardia disse ainda que o governo caminha na direção correta do ponto de vista econômico e que as incertezas estão na velocidade de adoção das medidas.

Ele se juntou ao coro dos membros do mercado financeiro que começa a colocar em suas projeções a queda da taxa Selic para 4% no próximo ano — o consenso do banco ainda está em 4,5%, em linha com o mercado.

“Quatro por cento é viável, mas precisa ver o andamento de tudo”, afirmou Guardia em sua primeira entrevista à imprensa após voltar para a iniciativa privada.

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