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Saúde Conheça seis suplementos que, apesar das promessas, não melhoram os resultados do treino

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Muitos suplementos não têm evidências suficientes sobre seus benefícios para o treino. (Foto: Reprodução)

Apesar da grande variedade de suplementos nutricionais disponíveis nas prateleiras das farmácias e lojas especializadas, nem todos oferecem os resultados prometidos em suas embalagens.

Muitas dessas substâncias ainda não têm evidências científicas suficientes e concretas de que realmente oferecem os benefícios “vendidos” à turma da academia e precisariam de mais estudos para confirmar seus efeitos. Outras não apresentam respostas relevantes que justifiquem seu consumo por pessoas saudáveis, e sim apenas em casos específicos de doenças graves. Daí a importância de buscar um profissional especializado e bem informado para orientar em quais produtos você deve investir para atingir seus objetivos e não jogar dinheiro fora, como os mostrados a seguir.

CLA

O que é: Trata-se do ácido linoleico conjugado (ou Conjugated Linoleic Acid, em inglês), uma gordura encontrada em alimentos de origem animal, como carne e laticínios. O que promete O suplemento de CLA traz a proposta de contribuir para o emagrecimento, uma vez que agiria na oxidação de gordura do corpo, que passaria a ser usada como fonte de energia durante as atividades.

Até agora não há um consenso sobre o CLA ser ou não um aliado efetivo para reduzir a gordura corporal. De acordo com Gustavo Duarte Pimentel, nutricionista clínico e esportivo, professor do curso de nutrição da UFG (Universidade Federal de Goiás) e membro da comissão científica da ABNE (Associação Brasileira de Nutrição Esportiva), apesar de as pesquisas em animais terem resultados surpreendentes, nos humanos a história é outra.

“Uma revisão de estudos mostrou que a perda de peso em pessoas que consumiram o suplemento foi bem baixa – cerca de 1,2 kg em seis meses, ou seja, um resultado pouco expressivo”, comenta Pimentel.

L-Carnitina

O que é: Um aminoácido armazenado nos músculos e produzido naturalmente pelos rins e fígado a partir dos aminoácidos lisina e metionina. A L-carnitina ainda é encontrada em alimentos fontes de proteína, como carnes vermelhas e brancas (que também fornecem as substâncias necessárias para produção da L-carnitina). A substância tem a função de transformar a gordura em energia pela célula.

O suplemento de L-carnitina é comercializado com a promessa de contribuir para o emagrecimento com o seguinte raciocínio: quanto mais ela for consumida, maior será a queima de gordura – já que transforma lipídeos em combustível. Os especialistas dizem que, na prática, pessoas saudáveis que consomem uma quantidade adequada de proteína (de 1,2 g a 2 g por quilo de peso corporal) já garantem doses suficientes de L-carnitina no organismo. Consumir maiores doses da substância não vai acelerar nem aumentar a queima de gordura, pois ela depende de inúmeros outros fatores.

L-Arginina

O que é: Aminoácido produzido pelo organismo a partir de proteínas de fontes animais. Na forma de suplemento, é processado e vendido em cápsulas ou tabletes. A L-arginina é vendida com o objetivo de contribuir para o ganho de massa magra, além de melhorar a performance em esportes de resistência como corrida.

Os especialistas dizem que as primeiras análises indicavam que esse aminoácido poderia ter um potencial efeito na síntese do hormônio do crescimento (GH), um dos responsáveis por atuar no ganho de massa muscular. “Mas, na prática, verificou-se que mesmo tomando o suplemento, o corpo não produz mais hormônio além da sua capacidade de ação”, fala a Lisia Kiehl, doutora em ciências pela faculdade de medicina da USP (Universidade de São Paulo) e especialista em nutrição clínica e esportiva.

Por outro lado, a L-arginina pode ser interessante para melhorar a resposta imunológica em atletas de alto rendimento, como os maratonistas, que têm um grande desgaste físico. Esse mesmo efeito é visto nos pacientes em tratamento de câncer, uma vez que o corpo está passando por um estresse físico que exige maior demanda da substância.

Glutamina

O que é: Trata-se de um aminoácido não essencial, ou seja, que é produzido pelo organismo e não depende de sua ingestão via alimentos ou suplementos. Está em abundância em nosso corpo, principalmente nos músculos.

O suplemento de glutamina teria a proposta de contribuir para o ganho de massa magra em quem prática exercício, além de evitar a baixa da imunidade que ocorre em treinos com mais de uma hora, já que é usada como fonte energética pelas células imunológicas.

Conforme Kiehl, a ideia de consumir glutamina surgiu depois que análises mostraram níveis muito baixos da substância no organismo durante o exercício e no processo de recuperação, levando a acreditar que sua suplementação seria necessária para evitar a perda de massa magra e o comprometimento da imunidade. Mas uma revisão de estudos publicada na revista European Journal of Clinical Nutrition não confirmou esses efeitos.

Tribulus terrestres

O que é: Trata-se do extrato da erva Tribulus terrestres, comercializado em cápsulas ou tabletes. É vendido com a promessa de estimular a produção de testosterona e, assim, contribuir para o ganho de massa muscular em quem malha, além de melhorar o desempenho sexual.

O assunto ainda é controverso e diversos estudos apontam que o extrato da planta não é capaz de aumentar a hipertrofia e o nível de testosterona no organismo, como uma pesquisa publicada no Journal of Dietary Supplements. “Apesar da estrutura química da substância ser bem semelhante à da testosterona produzida no nosso corpo, na prática, os resultados parecem não ser os mesmos”, coloca Pimentel.

Há evidências de que o consumo exagerado do Tribulus terrestres pode causar problemas renais e hepáticos, como cálculos renal e biliar, devido à presença de toxinas da planta.

Leucina

O que é: É um aminoácido de cadeia ramificada que pode ser vendida isolada em pó ou em cápsulas. Originalmente, compõe o famoso suplemento BCAA (Branched Chain Amino Acids), que também tem a isoleucina e a valina em sua composição.

O suplemento sugere recuperar e potencializar o efeito da hipertrofia, ou seja, do ganho de massa magra, já que a leucina é o principal sinalizador de síntese proteica do BCCA, substância presente em fontes de proteínas animal (leite, ovo, carne, frango, peixe)

Segundo especialistas, análises realizadas com a leucina isolada mostram que esse suplemento é capaz de sinalizar a síntese proteica. Mas, segundo Mota, isso não quer dizer que ela sozinha seria capaz de aumentar a massa magra, já que vários outros fatores precisam acontecer em conjunto para levar ao ganho de músculos, como a influência de hormônios e de outros aminoácidos, além da oferta de proteína da dieta.

No entanto, também há alguns estudos que mostram que a leucina isolada pode ser um coadjuvante para aumentar a massa magra em idosos.

 

tags: Saúde

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