Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de setembro de 2015
O governo cubano maquiou partes das cidades de Havana, Santiago de Cuba e Holguín. A capital cubana, conhecida pela decadência, teve os arredores da Nunciatura Apostólica, no bairro La Playa, transformados. Prédios foram pintados, ruas consertadas e limpas. O mesmo havia sido feito para as visitas dos pontífices anteriores que estiveram na ilha, João Paulo II e Bento XVI.
O papa Francisco chegou nesse sábado ao país e foi recebido pelo presidente Raúl Castro. Apesar da mensagem política de abertura que Havana busca transmitir ao mundo, outra maquiagem evidencia o caráter do regime. A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional afirma que milhares de mendigos, doentes mentais desabrigados e pedintes foram recolhidos e levados a um lugar não revelado.
O objetivo seria manter essas pessoas longe da vista de peregrinos, jornalistas e turistas. Foram detidos também jornalistas independentes e pelo menos 17 membros das “Damas de Branco”, grupo que reúne familiares de presos políticos e protesta participando de missas aos domingos.
Reconciliação
Em discurso após o desembarque, o papa disse que “o mundo precisa de reconciliação”, apontando uma “atmosfera de terceira guerra mundial por etapas que vivemos”. O pontífice também citou a retomada das relações do país com os EUA. “Estamos sendo testemunhas de um acontecimento que nos enche de esperanças: o processo de normalização das relações entre dois povos.”