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Por Redação O Sul | 30 de abril de 2017
A corrida pelo fechamento de acordos de delação premiada levou advogados a deixarem ou sinalizarem que deixarão a defesa de réus da Operação Lava-Jato. Além de ser um instrumento legal que não é bem visto por parte dos criminalistas, a delação também pode comprometer advogados que representam mais de um envolvido na operação.
Os casos mais recentes são o do empresário Léo Pinheiro, da OAS, e o do ex-ministro Antonio Palocci. Ambos se reuniram com a força-tarefa de Curitiba (PR) para negociar troca de informações por eventual redução de pena em caso de condenação.
As conversas levaram três advogados de Pinheiro –Edward de Carvalho, Roberto Telhada e Jacinto Coutinho – a renunciarem à defesa do cliente no último dia 20, logo após o depoimento ao juiz Sergio Moro. Na audiência, o Ministério Público Federal confirmou que negociava a delação com Pinheiro. O trio estava entre os 105 signatários de uma carta pública, no início de 2016, de repúdio a medidas da Lava-Jato. Eles compararam a operação a “uma espécie de inquisição”.