Geral Dia do Trabalhador tem protestos no mundo
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2015
Diversos países registraram protestos nesta sexta-feira, Dia do Trabalhador. Em Istambul, na Turquia, centenas de manifestantes entraram em confronto com a polícia.
Pelo menos 136 pessoas foram presas, de acordo com estimativa dos agentes. A imprensa turca afirmou que cerca de dez mil participaram da mobilização, que foi convocada por sindicatos e partidos políticos contra a diminuição de direitos trabalhistas e as medidas de austeridade econômica que foram aplicadas pelo governo.
Por ordem do presidente Recep Tayyip Erdogan, em torno de 20 mil policiais bloquearam os acessos à praça Taksim, local onde 34 pessoas morreram em um ato de 1 de maio há 38 anos e principal centro de protestos da cidade nas manifestações de 2013. Os ativistas carregavam faixas com mensagens contra Erdogan, que comanda o país há 13 anos e que, nos últimos anos, aprovou medidas contra protestos.
Nos Estados Unidos houve atos contra a brutalidade policial, o capitalismo e o racismo. Em São Petersburgo, na Rússia, ativistas dos direitos gays protestam durante a tradicional marcha do Dia do Trabalhador. Já em Pamplona (Espanha), parentes de vítimas da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) se deitaram na rua depois de ter seus corpos cobertos com terra pelo artista Abel Axcona.
Os presidentes de Cuba e Venezuela, Raúl Castro e Nicolás Maduro, presidiram em Havana o desfile de 1 de Maio, marcado por pedidos de unidade pelo “socialismo”. Eles saudaram milhares de pessoas durante o desfile, que durou uma hora.
Outros países também tiveram atos no dia. Trabalhadores se reuniram na Alemanha, no Equador, na Bolívia, Filipinas, Grã-Bretanha, Venezuela, Portugal, Chile e Grécia.
Feministas
Três ativistas do movimento ucraniano Femen, com os seios nus e a frase “Heil Le Pen” pintada no corpo – em referência à saudação nazista de Adolf Hitler –, apareceram ontem em Paris (França) durante um discurso de Marine Le Pen, a líder do partido francês de ultradireita Frente Nacional. De uma varanda perto do local em que Marine discursava, fizeram a saudação nazista e gritaram frases contra a Frente Nacional, antes de serem retiradas pela polícia. “Quantas surpresas neste 1º de maio”, disse Marine, que interrompeu o discurso por um momento.
