Terça-feira, 01 de julho de 2025

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Armando Burd Dois lados

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Zelar pelo dinheiro é gesto raro na gestão pública brasileira. (Foto: Reprodução)

Existe uma maneira fácil e outra difícil de governar.

Fácil é gastar o dinheiro público sem respeitar qualquer limite. Quando um governante esbanja mais do que arrecada, precisa pedir empréstimos e pagar juros. A dívida do setor público no Brasil passa de 5 trilhões de reais.

Só de juros, o governo federal já pagou 368 bilhões de reais este ano. O valor é mais do que a soma dos orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação para todo o ano de 2019.

Recusam-se a dizer não

Difícil para o governante é apertar o cinto e dizer que os gastos não podem exceder a arrecadação. Difícil é dizer não, diante de muitas pressões. Difícil é combater a corrupção, frear os exageros e evitar o aumento da dívida pública.

Água bate no queixo

Para citar um exemplo, o Rio Grande do Sul deve 100 bilhões de reais. Ao longo de muitos anos, o Estado gastou muito além do que arrecadou. Por isso, paga juros pesados e ainda tem o caixa quebrado. No orçamento, não consegue destinar 1 real para investimentos. Para obras e depende de novos empréstimos.

Crise sem fim

É uma tristeza que o País e o Estado, tão ricos, vejam-se mergulhados na crise financeira. Tudo porque governantes gostam da parte fácil da gestão, que é gastar. Buscam sempre fugir do aperto no cinto.

Olha para os outros

A palavra controle tem origem na língua latina e compõe-se de contra mais rotulus. Significava a ação de conferir os escritos ou as contas. É o que até hoje o setor público faz em relação às pessoas físicas e jurídicas. Quanto a verificar suas próprias contas, procura manter-se à distância.

Sem desperdícios

A democracia funciona bem quando seus agentes tratam o contribuinte com respeito, preferindo que o dinheiro público seja usado nas verdadeiras prioridades nacionais.

Insaciáveis

Em 2020, os Fundos Partidário e Eleitoral saltarão de 2 bilhões e 600 milhões para 3 bilhões e 700 milhões, que serão repassados a 33 partidos políticos. É o que justifica a fila de mais 70 siglas que buscam registro na Justiça.

Desse jeito, fica tudo explicado.

Só para comparar

O programa Mais Médicos, cujo atendimento chegou a 60 milhões de pessoas, custava 1 bilhão e 800 milhões de reais por ano.

Divisão

Na eleição para a presidência nacional do MDB, que se realizará a 6 de outubro, uma ala do partido no Rio Grande do Sul votará no deputado federal Baleia Rossi, que tem ligação muito próxima com Michel Temer. Sem apoio unânime dos gaúchos, a senadora Simone Tebet, que representa a oposição, desistirá da candidatura.

Não se poderia imaginar

Brigar com o PP é uma proeza inimaginável que entra no almanaque da política de Porto Alegre. O prefeito Nelson Marchezan conseguiu.

Entre o sim e o não

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados promoverá debate em Porto Alegre sobre o papel estratégico dos Correios como Empresa Pública. Será a partir das 18h30min de segunda-feira na Assembleia Legislativa. A proposição é da deputada federal Maria do Rosário. A privatização está nos planos do governo federal.

Falta coragem

O Código de Defesa do Consumidor, na próxima quarta-feira, completará 29 anos. O artigo 37 define: “É enganoso qualquer tipo de publicidade que divulgue informação total ou parcialmente falsa, capaz de induzir o consumidor a erro de julgamento. A pena para o responsável pela infração é de três meses a um ano de detenção e multa.”

Nenhum partido político incluiu algo parecido no estatuto. Bastaria trocar consumidor por eleitor e haveria redução drástica da demagogia.

Acerto impossível

A 7 de setembro de 1949, o presidente do PTB, senador Salgado Filho, rejeitou proposta da União Democrática Nacional e do Partido Social Democrático para o lançamento de candidato único à sucessão do presidente Eurico Gaspar Dutra. Os trabalhistas confiavam na vitória de Getúlio Vargas, dizendo que “era melhor cada um ir com o seu”. Vargas se elegeu com 48,7 por cento dos votos. Eduardo Gomes, da UDN, obteve 29,6 por cento e Cristiano Machado, do PSD, ficou com 21,4 por cento.

O que falta

Há uma chance de o País melhorar se a classe política sofrer um ataque de realismo.

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Vitória do entendimento
Sem privilégios
https://www.osul.com.br/dois-lados/ Dois lados 2019-09-07
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