Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 29 de agosto de 2017
O filho mais velho do presidente Donald Trump, Donald Trump Jr., concordou em testemunhar em privado ao Comitê Judiciário do Senado, à medida que o comitê analisa acusações de interferência russa na eleição presidencial norte-americana de 2016, relatou a rede de TV CNN nesta terça-feira (29), semanas após Trump Jr. ser convidado a testemunhar publicamente em uma audiência em julho.
Porta-vozes dos líderes do comitê não responderam imediatamente a pedidos de comentários sobre a reportagem.
A CNN também relatou que o conselheiro especial Robert Mueller havia emitido intimações para Melissa Laurenza, uma advogada do escritório de advocacia Akin Gump, que representou anteriormente o ex-gerente de campanha de Trump, Paul Manafort. Jason Maloni, um porta-voz de Manafort, também foi intimado.
A CNN informou que Maloni e um porta-voz de Mueller se negaram a comentar e que Laurenza encaminhou perguntas para um porta-voz que não comentou imediatamente.
A Rússia colocou uma grande nuvem sobre os seis primeiros meses de Trump na presidência norte-americana. Agências da inteligência dos Estados Unidos concluíram que a Rússia trabalhou para inclinar a eleição presidencial do ano passado a favor de Trump.
Mueller, que foi nomeado conselheiro especial em maio, está liderando a investigação, que também analisa possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia. Diversos comitês do Congresso também estão analisando a questão.
Moscou nega qualquer envolvimento. Trump nega qualquer conluio de sua campanha, enquanto denuncia frequentemente as investigações como caça às bruxas política.
E-mails
Em julho, Trump Jr, postou trechos de uma suposta troca de e-mails com pessoas ligadas ao governo russo em sua conta do Twitter.
Os e-mails mostrariam sua disposição de obter informações comprometedoras sobre candidata democrata na eleição presidencial de 2016, Hillary Clinton.
O presidente elogiou a decisão do filho de divulgar a correspondência. “Meu filho é uma pessoa de alta qualidade e aplaudo sua transparência”, disse Trump, em uma declaração lida pela porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee.
No e-mail de 3 de junho de 2016, o publicitário Rob Goldstone afirma que o procurador-geral da Rússia “se ofereceu para fornecer documentos oficiais e informações sobre Hillary Clinton para a campanha de Trump”. Essas informações poderiam incriminar a então candidata democrata e “poderiam ser muito úteis para seu pai”.
Em uma das mensagens, Trump Jr. escreve que “adoraria” receber essas informações, de acordo com a agência de notícias France Presse. (Reuters/AG)