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Armando Burd Em busca de uma saída

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assinou o decreto de calamidade financeira a 21 de janeiro deste ano. (Foto: José Cruz/Agência Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Um fato grave e pouco avaliado é que, até o final de 2018, três Estados tinham decretado situação de calamidade financeira: Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Com a posse dos novos governadores, mais quatro entraram na lista: Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Roraima. Os sete não conseguem honrar seus compromissos e pedem socorro ao governo federal. Reconhecem que não existe sinal de que venham a sair da atual situação. Dependendo do andar da carruagem, outros poderão ingressar no labirinto.

Exemplo a ser usado

Em março de 1989, foi anunciado pelo secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Nicholas Brady, um plano para revisar a dívida externa de países em desenvolvimento e tirá-los do sufoco, apontando medidas de correção. Desde o começo daquela década, o ambiente econômico se deteriorou em consequência da declaração de moratória pelo México. Seguiu-se um período de estagnação econômica e crises contínuas. Os países endividados não tinham sequer dinheiro para o pagamento dos juros de suas dívidas. O Brasil e mais 11 países aceitaram o acordo e conseguiram respirar. Ficou conhecido como Plano Brady.

Ajuda parcial

Guardadas as proporções, é o que acontece hoje na relação entre o governo federal e os Estados. Não adianta Brasília apresentar um plano sem amplitude, apenas isentando o pagamento da dívida por seis anos. A participação do Ministério da Fazenda na elaboração de um conjunto de medidas profundas de recuperação seria a forma mais correta de minimizar o quadro caótico. Está provado que os governadores, sem tutela, não conseguirão resolver os graves problemas que enfrentam.

Freio oportuno

No encontro estadual de ontem, realizado na praia de Imbé, o MDB anulou uma tradição. Antes, quando era aberto o espaço para manifestações, muitos faziam uma pergunta-conferência. Depois de expor por cinco minutos uma ideia, o palestrante respondia em um segundo: “Concordo”. A seguir, apresentava-se na plateia outro prolixo.

Agora, todas as perguntas a integrantes da mesa são enviadas por WhatsApp. Quer dizer: o filiado é obrigado a resumir em pouquíssimas linhas ou fica fora.

Deve continuar

O MDB fará convenção estadual a 6 de abril para eleger o novo diretório. Não há sinal de que venha a surgir chapa de oposição. A tendência é que o deputado federal Alceu Moreira se mantenha na presidência.

Precisa reaquecer

A Assembleia Legislativa começou este ano animada com a possibilidade de descobrir tudo sobre isenções. De repente, o pneu murchou. A tática de Robin Hood tem sido usada no sentido contrário: o lendário aventureiro tirava dos ricos para dar aos pobres.

Contrariado

O governador Eduardo Leite gostaria de estar hoje à tarde no meio da torcida do Brasil, torcendo por uma vitória contra o Pelotas. A Casa Militar do Palácio Piratini recomendou que fique no pavilhão dos associados.

Novos tempos

A Universidade de Harvard tem mais alunos em cursos de ensino a distância do que presenciais. O Censo da Educação Superior mostra que a nova forma já soma quase 2 milhões de participantes no Brasil. Funciona de forma prática, simples e barata. Para o ingresso é preciso ter um computador com acesso à Internet e conhecimentos básicos de Informática. As universidades que não se prepararam para o pulo estão quebrando.

Produção em série

É preciso protestar: o Livro dos Recordes não registrou que, desde a promulgação da Constituição de 1988 até hoje, União, Estados e municípios brasileiros editaram 5 milhões e 465 mil normas e leis.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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