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Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2016
Entre os trimestres de setembro a novembro de 2014 e de 2015, subiu de 6,45 milhões para 9,12 milhões o número de desocupados no Brasil, crescimento de 2,67 milhões em um ano, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de abrangência nacional.
O percentual de desempregados em novembro foi de 9% diante de 6,5% em igual período de 2015, com perspectivas de recuperação do emprego desfavoráveis. Em relação ao trimestre junho a agosto, houve 323 mil cortes de vagas.
Sazonalmente, a desocupação tende a cair no fim do ano, seja pelo crescimento da procura por mão de obra pela indústria, que precisa atender às encomendas, seja pela contratação de empregados pelas lojas às vésperas do Natal.
Mas isso não ocorreu em novembro, apesar da leve melhora no varejo, como revelou a Pnad.
A qualidade do emprego piorou. O maior responsável pela elevação da desocupação, conforme o especialista do IBGE Cimar Azeredo, foi a redução de 1,1 milhão no número de empregados com carteira assinada, justo os que têm maior proteção legal e acesso à previdência.
O total da população brasileira em idade de trabalhar é de 164,8 milhões, porém apenas 92,2 milhões estavam trabalhando em novembro, meio milhão menos que no mesmo mês em 2014, o que indicou -0,6%.
Tampouco foi favorável a evolução da renda média habitual dos trabalhadores, que, na comparação com novembro de 2014, caiu de 1,9 mil reais para 1,8 mil reais, o que significou diferença de -1,3% em termos reais. (AE)