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Mundo Ex-ministro paraguaio presta depoimento sobre o polêmico acordo com o Brasil

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Das 73 barragens selecionadas, 60 preveem a criação de tilápia. (Foto: Caio Coronel/Itaipu)

O ex-ministro de Relações Exteriores do Paraguai Luis Alberto Castiglioni prestou depoimento hoje ao Ministério Público como testemunha na investigação aberta por causa do polêmico acordo assinado com o Brasil sobre a compra de energia da usina de Itaipu. As informações são da agência de notícias Efe.

Castiglioni é um dos cinco integrantes do governo paraguaio que renunciaram após a divulgação da ata bilateral que estabelecia um cronograma de contratação de potência elétrica até 2022 e depôs dois dias depois do presidente Mario Abdo Benítez.

Também já prestaram depoimento o vice-presidente do país, Hugo Velázquez, o ex-titular da Administração Nacional de Eletricidade, Pedro Ferreira, e o advogado José Rodríguez González, acusado de ter interferido nas negociações em nome de Velázquez. O depoimento de Velázquez aos promotores Marcelo Pecci, Sussy Riquelme e Liliana Alcaraz durou cerca de seis horas.

Na segunda-feira, Castiglioni, que foi ouvido no Ministério Público, se ofereceu voluntariamente para fornecer informações à investigação.

Por enquanto, ninguém foi acusado pelos promotores. Além dos depoimentos, o Ministério Público está analisando as mensagens trocadas pelas testemunhas como parte da investigação.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, prestou no domingo um depoimento de sete horas a promotores que investigam o polêmico acordo com o Brasil para a compra de energia de Itaipu.

O promotor Marcelo Ricci, um dos que compareceu à residência oficial da presidência de Muruvichá Róga, em Assunção, para ouvir o presidente disse em entrevista coletiva posterior ao depoimento que as declarações de Abdo Benítez foram muito detalhadas e ajudarão as investigações.

“É um caso extenso, complexo, técnico, de muita especificidade, no qual certamente teremos que fazer algum tipo de perícia”, afirmou Pecci, que pediu tempo para que as investigações sejam realizadas corretamente. Por esse motivo, o promotor ressaltou que ainda é cedo para avaliar qualquer hipótese de punir o presidente do Paraguai pelo polêmico acordo firmado com o Brasil.

Em nota, o Ministério Público (MP) revelou que, durante seu depoimento, o presidente Mario Abdo entregou um aparelho celular pessoal para que seja periciado e eventuais mensagens de texto sejam confrontadas com o material entregue por outras pessoas já ouvidas no mesmo inquérito. De acordo com o MP, Abdo confirmou que a possibilidade de a agência estatal de Administração Nacional de Eletricidade (Ande) vender parte da energia adquirida a outras empresas chegou a ser discutida em reuniões, por sugestão do vice-presidente, Hugo Velázquez.

Mensagens trocadas pelo presidente e Pedro Ferreira, ex-diretor da Ande, foram divulgadas pela imprensa como “prova” de que ele sabia do acordo desde o início.

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