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Geral Foguete russo com satélite mexicano se desintegra sobre a Sibéria

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Incêndio do transportador, levando o satélite de comunicações mexicano, foi o segundo em menos de 24 horas Foto AFP

O lançamento do foguete Proton-M, levando o satélite mexicano MexSat-1, acabou ontem em acidente. Segundo um comunicado da agência espacial russa Roscosmos, o problema ocorreu em uma altitude de 161 quilômetros da Terra. “O terceiro estágio e a fase superior da nave incendiaram completamente na atmosfera. O fogo não provocou queda de componentes”, garantiu em nota a estatal, responsável pelos programas de ciência do espaço e investigação aeroespacial da Rússia. A partida foi no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
A falha, um defeito no motor, foi detectada pelo controle de voo da missão pouco depois da partida do foguete. A comissão de emergência da Roscosmos examinará os motivos do incêndio para tomar providências. Por enquanto, todos os lançamentos dos Proton foram suspensos. O próximo deveria ser realizado no início de junho, quando o aparelho colocaria em órbita o satélite de telecomunicações da Inglaterra Inmarsat 3-5F.
O presidente russo Vladimir Putin foi informado do problema, avisou o porta-voz do chefe de Estado, Dmitry Peskov. O assessor não fez comentários sobre os detalhes da situação. Uma ocorrência similar com um transportador Proton foi registrada há exatamente um ano. O aparelho deveria lançar o mais poderoso satélite de telecomunicações da Rússia, o Express-AM4R.
Segundo informações à disposição para pesquisa na Roscosmos, o acidente com o Express-AM4R também foi motivado pelo mau funcionamento do terceiro estágio do portador, quando este se encontrava nas camadas superiores da atmosfera, logo após a ignição. A falha teria sido na montagem do foguete devido à falta de pessoal qualificado e aos baixos salários pagos pela estatal.
O Ministério das Situações de Emergência russo comunicou que, conforme as informações das autoridades locais, não foram achadas partes do Proton, implicando na inexistência de ameaças à população ou a estruturas econômicas em solo.
O vice-presidente da ILS (International Lauch Services), Jim Kramer, gerenciador do lançamento do satélite do México, explicou em entrevista coletiva que as indicações iniciais apontaram que pedaços do transportador reentraram na atmosfera no extremo Leste da Sibéria, mas que a maior parte havia provavelmente se desintegrado. Kramer acrescentou que todas as partidas de transporte da classe Proton seriam suspensos até o fim da investigação governamental sobre o incêndio.
O ministro das Comunicações e Transportes do México, Gerardo Ruiz Esparza, afirmou que o satélite estava coberto por seguro e que o governo mexicano receberá reembolso integral.

Dias de azar
O acidente com o foguete que levava o satélite mexicano foi o segundo erro cometido pela Roscosmos em 24 horas. Na sexta-feira, os técnicos da estatal não conseguiram acionar a tempo os motores de uma nave Progress M-262M, acoplada à ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês), que deveriam corrigir a órbita do cargueiro. A agência espacial russa explicou em comunicado que as razões da falha estão sendo examinadas por especialistas no centro de controle de voos.
Uma fonte da Roscosmos declarou que amanhã a estatal tentará recolocar em funcionamento os motores da Progress, a menos que voltem a ocorrer problemas sérios de propulsão. As recentes falhas foram registradas menos de um mês depois que um abastecedor espacial Progress não tripulado, que levaria provisões à ISS, perdeu contato com a Terra logo em seguida ao lançamento, no dia 28 de abril, e acabou se desintegrando na atmosfera em 8 de maio. O acidente fez com que a Roscosmos adiasse a volta de três astronautas da ISS que deveriam estar no planeta na quinta-feira. Em 2011, uma Progress caiu na Sibéria logo após sair de Baikonur. O governo russo também perdeu vários satélites comerciais.

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https://www.osul.com.br/foguete-russo-com-satelite-mexicano-se-desintegra-sobre-a-siberia/ Foguete russo com satélite mexicano se desintegra sobre a Sibéria 2015-05-16
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