Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de dezembro de 2016
Depois que professores da rede pública do RS decidiram entrar em greve a partir do dia 13, a Secretaria da Educação divulgou um posicionamento sobre a paralisação, decidia em assembleia, nesta quinta-feira (8), em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.
O governo do Estado classificou a greve de “equivocada e inoportuna, visto que o ano letivo regular de 2016 se encerra em 23 de dezembro”.
Representantes dos 42 núcleos regionais do Cpers-Sindicato, entidade que representa os educadores, participaram da votação que decidiu pela greve.
No dia 13, além dos docentes, diversas categorias estaduais agendaram mobilização contra a votação do pacote de medidas para tentar conter a crise financeira do Estado, encaminhado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa.
Segundo o Cpers-Sindicato, o pacote do Sartori ataca direitos de professores, funcionários de escola e demais servidores estaduais.
A categoria protesta ainda contra a extinção da licença prêmio, novas regras para tempo de serviço, a retirada da remuneração de servidores cedidos para entidades sindicais e o parcelamento de salários e do 13º.
Os professores também são contrários à extinção de nove fundações públicas gaúchas, que resultarão no corte de 3 mil postos de trabalho.
Confira a íntegra da nota:
“Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 13 de dezembro, a Secretaria de Estado da Educação torna público o seguinte posicionamento:
1 – A medida é equivocada e inoportuna, visto que o ano letivo regular de 2016 se encerra em 23 de dezembro. A decisão tomada por parte da categoria prejudica diretamente a comunidade escolar, especialmente os estudantes concluintes do Ensino Fundamental, Médio e da Educação Profissional.
2 – O conjunto de medidas que será apreciado na Assembleia Legislativa busca reverter, no médio e longo prazo, o cenário de déficits sucessivos ao longo das últimas quatro décadas. O compromisso prioritário é atender especialmente educação, segurança, saúde, infraestrutura e áreas sociais.
3 – Acreditamos que a maior parte da categoria compreende o momento que estamos vivendo. Por isso, a Secretaria da Educação confia que os nossos professores estaduais encerrarão o ano letivo na data prevista, em respeito aos alunos e à comunidade escolar.”