Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2015
Hackers na China penetraram na segunda maior seguradora de saúde norte-americana para compreender como é estruturado o sistema de atendimento médico nos Estados Unidos, em meio aos esforços de Pequim no sentido de proporcionar atendimento de saúde a uma população em envelhecimento. Essa é a conclusão a que chegaram investigadores norte-americanos.
A revelação apresenta uma nova possível faceta do ataque cibernético contra a Anthem, que divulgou em fevereiro que a violação de seu banco de dados havia comprometido as informações pessoais de quase 80 milhões de segurados. A Anthem e outras empresas do setor de saúde foram invadidas na mesma época.
À medida que a população chinesa torna-se mais rica e exigente, a assistência médica está se tornando um dos temas mais politicamente delicados no país. A China comprometeu-se a fornecer acesso universal a atendimento de saúde de qualidade para todos os cidadãos a partir de 2020. Porém, há insatisfação com o custo e a qualidade dos cuidados, o que tem provocado muitos ataques contra pessoal médico e um fosso crescente e politicamente perigoso entre ricos e pobres no que diz respeito a acesso a esse tipo de serviço.
Os ataques, que podem ter origem na China, são um assunto espinhoso para as relações do país com os EUA. Dados de saúde tornaram-se algumas das informações mais valiosas que podem ser vendidas no mercado negro da internet, fazendo do setor um alvo popular para os hackers. Oitenta e um por cento dos executivos dizem que suas empresas foram alvo de tentativas de ataques nos últimos dois anos.
(Valor Econômico/Financial Times)