Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Flavio Pereira
A fala do vice-presidente da República Michel Temer ontem, com a voz embargada, não deixa dúvidas: a crise institucional avança e as lideranças estão perdendo o controle da situação. As palavras do experiente Michel Temer, com a voz embargada, não deixam dúvida quanto à dimensão do que está por acontecer: “É preciso que alguém tenha a capacidade de reunificar, reunir a todos e fazer este apelo e eu estou tomando esta liberdade de fazer este pedido porque, caso contrário, podemos entrar numa crise desagradável para o País”.
Pulando fora
Ontem foi a vez do líder do PDT, deputado André Figueiredo, anunciar que o partido está pulando fora do apoio ao governo federal.
Banco estatal?
É no mínimo extravagante a decisão proferida pela Justiça gaúcha, proibindo o Banrisul de cobrar dívidas dos servidores estaduais que tiveram seus salários atrasados. A decisão reforça a certeza de que já passou da hora de o Rio Grande do Sul se desfazer do Banrisul. A manutenção do controle do banco pelo Estado, além de não trazer qualquer vantagem ao governo gaúcho, que não pode realizar operações com a instituição, ainda prejudica o Banrisul como instituição, que opera em um mercado extremamente competitivo.
Rumo ao pacote I
O governador José Ivo Sartori fez ontem uma prévia com os líderes da base aliada sobre o teor dos projetos que serão apresentados nesta sexta-feira no Legislativo. A conversa vai tirar o sono de alguns líderes.
Rumo ao pacote II
Nesta quinta-feira, o governador faz novo encontro, desta vez com todos os deputados da base aliada, repetindo o teor da conversa de ontem. Há um temor entre os líderes de que, conhecendo a extensão do projeto, a debandada de votos da base seja ainda maior que a estimada até agora.
Rumo ao pacote III
Dois itens chamam a atenção: o aumento seletivo de impostos, basicamente o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e a alteração no regime de previdência para a aposentadoria dos novos servidores. A medida não é novidade para muitos Estados brasileiros, incluindo São Paulo, onde o próprio Judiciário já adota a opção da previdência complementar para custear aposentadorias em valor superior ao do Regime Geral da Previdência.
As sugestões do PT
Ontem, a bancada do PT na Assembleia Legislativa, à frente o deputado Luiz Fernando Mainardi, apresentou um balanço retrospectivo das finanças do Estado e propostas de curto e longo prazo para a recuperação financeira. Dentre outras medidas que o PT sugere ao governador: “A ampliação do uso dos depósitos judiciais de 85% para 95%, mesmo que por um período determinado, o que permitirá uma arrecadação de R$ 1 bilhão e, com isso, o Estado coloca os salários do funcionalismo em dia e garante a complementação dos salários nos próximos três meses”. O PT não inclui o aumento de impostos entre as opções.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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