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Tito Guarniere Irã x EUA

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O general iraniano Qassem Suleimani foi trucidado em pedaços por um bombardeio de precisão americano. (Foto: Reprodução)

O general iraniano Qassem Suleimani foi trucidado em pedaços por um bombardeio de precisão americano. “Ataque terrorista!”, protestaram iranianos, aliados e simpatizantes do Irã em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Suleimani e o Irã talvez tenham exagerado na fé que têm na vontade divina e no poder de Alá. Cedo ou tarde Donald Trump teria que morder, depois de tanto ladrar. Em certo momento haveria uma retaliação à bala, e não somente uma ameaça de dono do salão.

As provocações do Irã foram se empilhando nos meses anteriores: espalharam minas marítimas no Golfo Pérsico, destruíram uma refinaria na Arábia Saudita (aliada dos EUA), bombardearam instalações militares americanas, e atacaram com pedras e coquetéis molotov a embaixada dos EUA em Teerã.

Atrás de cada uma das ações hostis e belicosas, escolhendo os alvos, fazendo os planos e dando as ordens de ataque, estavam o Irã dos aiatolás e seu operador mais ousado, o general Suleimani.

Nada disso começou agora. E nem irá terminar com a SUV que conduzia o general Suleimani indo pelos ares.

Desde que o ditador apoiado pelos EUA, o Xá Mohammad Reza Pahlavi, foi deposto, em 1979, os aiatolás do regime, começando por Ruhollah Khomeini, e agora com Ali Khamenei, não descuidaram um único dia do que consideram uma missão divina, a destruição dos seus demônios preferenciais, os Estados Unidos (o “Grande Satã”) e Israel.

Na cruzada insana, em que a vida não vale nada, os iranianos derrubaram por engano um avião comercial da Ucrânia que decolava do aeroporto de Teerã. Ironia trágica: a maioria dos 176 passageiros mortos era de iranianos e descendentes de iranianos que moravam no Canadá.

No plano interno, o Irã é uma ditadura furiosa, que reprime, prende e mata os opositores, que pune as mulheres com chibatadas e apedrejamento, que persegue e enforca homossexuais em praça pública. As mulheres são tão depreciadas no Irã que elas podem ser apedrejadas até a morte, mas não podem pertencer ao “comitê” apedrejador (que é presidido por uma autoridade islâmica), não podem apedrejar.

No fronte externo, é um estado beligerante, empenhado o tempo todo em atentados terroristas na região e ao redor do mundo.

Os clérigos como Khamenei, atuam como se o islamismo fosse uma religião que ao invés de pregar e praticar o bem, o perdão, a misericórdia, mantém uma atitude implacável de vingança, ódio e guerra total e permanente.

Pode-se dizer, como o escritor americano Philip Roth, que Trump é “um ignorante em governo, história, ciência, filosofia, arte, incapaz de expressar ou reconhecer sutileza ou nuance”. Pode-se não gostar do penteado e da cabeleira de Trump. Pode-se achar que Trump cometeu um ato atentatório à moral e às leis internacionais, quando mandou implodir Suleimani.

O governo do presidente Jair Bolsonaro fez o de sempre: tomou partido em briga de cachorro grande e para a qual não foi chamado. Menos mal que nem o Irã e nem os Estados Unidos dão um dólar furado pela posição brasileira.

Mas na circunstância é preferível que o poder de fogo e retaliação esteja em mãos americanas. Já pensaram os ensandecidos dirigentes iranianos com um artefato nuclear nas mãos?

 

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