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Por Redação O Sul | 8 de novembro de 2019
O Bradesco revisou nesta sexta-feira (8) suas estimativas para crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,8% para 0,9% em 2019 e de 1,9% para 2,2% em 2020. Segundo o banco, a mudança para este ano é reflexo dos dados correntes, que mostram uma recuperação moderada, mas consistente da atividade econômica. As informações são do jornal Valor Econômico e da Agência Brasil.
“No curto prazo, a retomada será potencializada pela antecipação da liberação dos recursos do FGTS, que impulsionará a demanda, principalmente neste quarto trimestre”, observam os economistas, em relatório.
Para 2020, a revisão é compatível com a melhora adicional esperada para as condições financeiras domésticas. “Adicionalmente, também incorporamos a melhora do balanço de riscos prospectivos no cenário global”, afirmam, acrescentando que o Brasil deve ser uma das economias com maior aceleração do crescimento em 2020.
Apesar da melhora dos indicadores de atividade na margem, a ociosidade da economia permanece elevada e a recuperação da economia não deve gerar pressões inflacionárias nos próximos trimestres, avalia a equipe do Bradesco.
Com isso, o banco revisou suas estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 de 3,1% para 3,2% e o de 2020 de 3,7% para 3,6%. “Entendemos que o quadro de inflação baixa e expectativas ancoradas tende a prevalecer, levando o Banco Central a fazer um ajuste adicional de 0,25 ponto percentual em fevereiro, para 4,25%, patamar que deve se manter ao longo de todo o ano”, concluem.
Análise mais detalhada
O PIB (a soma dos bens e dos serviços produzidos no país) cresceu 1,3% em 2017, anunciou nesta sexta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após uma análise mais detalhada sobre o movimento da economia naquele ano, que interrompeu a recessão de 2015 e 2016.
O instituto acompanha e publica trimestralmente os resultados do PIB, mas, após essa divulgação, os pesquisadores continuam a atualizar a metodologia e reunir informações mais detalhadas, como balanços de empresas e dados da Receita Federal, que servem para produzir um estudo mais amplo sobre a economia.
Com a consolidação, o crescimento da economia naquele ano passou de 1% para 1,3%, totalizando R$ 6,583 trilhões.
Também foram atualizados os dados sobre o desempenho de cada setor da economia. O crescimento da agropecuária passou de 13% para 14,2%; o da indústria saiu de uma estabilidade de 0% para uma queda de 0,5%, e dos serviços cresceram 0,8% em vez de 0,3%
A taxa de investimento (Formação Bruta de Capital Fixo), que havia sido de 15,6%, caiu para 14,6% com a análise mais ampla, o menor patamar desde 1995.