Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2017
Em novo direito conferido aos passageiros, o Canadá não permitirá a remoção de um avião de ninguém que tenha comprado um boleto somente porque o voo teve overbooking, disse na terça-feira o ministro dos Transportes, Marc Garneau. Ele afirmou que é lamentável o tratamento dado aos passageiros de companhias aéreas reportado recentemente pela imprensa.
Segundo ele, isso não será tolerado em nenhum voo que parta do Canadá ou que tenha o país como destino. A autoridade acrescentou que a nova medida garantirá que os passageiros sejam tratados como seres humanos, não como números.
O anúncio ocorre um mês após um passageiro da United Airlines ter sido retirado à força de um avião em Chicago (EUA) porque ele não quis ceder seu assento para a tripulação da companhia aérea. A empresa havia ordenado que o homem e outras três pessoas que tinham passagem se retirassem porque havia vendido lugares a mais.
No início de maio, um casal da Califórnia (EUA) denunciou ter sido expulso de um voo da Delta nos Estados Unidos por se negar a ceder o assento de seu filho pequeno, em um novo incidente envolvendo companhias aéreas americanas. O fato ocorreu com a família Schear, de Huntington Beach, que viajava do Havaí para Los Angeles. Em um vídeo postado no YouTube, é possível escutar um funcionário da Delta pedindo que o casal retire o filho de dois anos do assento.
O pai, Brian Schear, se nega a retirar a criança porque havia pago pelo lugar, mas ainda assim é expulso do avião com a mulher e os dois filhos. “Isto é um crime federal, você e sua mulher serão presos e as crianças irão para um orfanato”, diz o funcionário da Delta quando Schear se nega a deixar o avião.
Garneau disse que, se as companhias aéreas não conseguirem que um passageiro desça voluntariamente oferecendo-lhe uma compensação mínima, terão que aumentar o incentivo para isso.