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Política O pedido de prisão de Aécio Neves e o desgaste eleitoral deixam o PSDB em cima do muro sobre Temer

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Jereissati é um dos tucanos que quer deixar o governo peemedebista. (Foto: Reprodução)

A fama de um partido “em cima do muro” nunca foi tão forte no PSDB como nas últimas semanas. O partido ainda não sabe para que lado vai: se deixa os ministérios que comanda e a base aliada de Michel Temer no Congresso, ou se enfrenta o desgaste político e eleitoral de seguir apoiando um governo em frangalhos e um presidente acuado por várias denúncias. Fora isso, vive a delicada situação de ter o seu presidente afastado, Aécio Neves (PSDB-MG), preso. Se o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitar o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para prendê-lo, os tucanos precisarão dos votos do PMDB no Senado para livrar o seu comandante da cadeia.

A eventual prisão de Aécio é um cenário catastrófico para a legenda, que utilizou o discurso da ética e da moralidade pública para atacar o PT nos últimos anos. Para complicar, o delator que afundou Temer no centro da crise é o mesmo que entregou Aécio, o empresário Joesley Batista.

A pauta real da reunião da comissão executiva da legenda marcada para esta segunda-feira e ampliada com a participação de governadores, prefeitos de capitais e parlamentares, é decidir se deputados e senadores continuarão na base de apoio de Temer no Congresso ou se os tucanos se declaram independentes e deixam os quatro ministérios que ocupam. A ala da sigla composta pelos parlamentares mais antigos quer evitar qualquer decisão nesta semana para não revelar a divisão e inviabilizar as campanhas da legenda no próximo ano.

A vontade pessoal do senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino do partido, é deixar o governo Temer, entregar os ministérios e outros postos de segundo escalão, e se concentrar na aprovação das reformas da Previdência e trabalhista em votação no Congresso. Mas o senador foi aconselhado a não fazer campanha interna pelo desembarque para não constranger quem defende a continuidade do apoio a Temer, como os ministros Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades), Antônio Imbassahy (Relações Institucionais) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

O PSDB precisa sair unido dessa crise, seja qual for a decisão, mas não derrotado”, comentou um dirigente da legenda que prefere o anonimato. A absolvição do presidente Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral não arrefeceu os ânimos entre os tucanos. O clima ainda é de divisão, e a tendência é que o partido continue em cima do muro, pecha histórica que o acompanha devido à dificuldade da legenda em se posicionar de maneira contundente diante de questões controversas.

 

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