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Geral O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que vai expulsar os diplomatas britânicos do país

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O governo de Vladimir Putin afirma ser vítima de “histeria russofóbica” do Reino Unido, e vai expulsar diplomatas britânicos do país. (Foto: Reprodução)

O governo de Vladimir Putin afirma ser vítima de “histeria russofóbica” do Reino Unido, e vai expulsar diplomatas britânicos do país em retaliação à mesma medida anunciada na última quarta-feira (14) pelo governo em Londres. “Definitivamente. Será logo”, comentou à agência Sputnik o chanceler Serguei Lavrov.

Lavrov disse que a pressão sobre Moscou pode ser motivada pela Copa do Mundo, que começa em junho. Para ele, o Ocidente gostaria de ver seu país “se complicar” nas preparações para o evento.

“Estamos prontos para restaurar nossa relação com a Europa quando nossos vizinhos não seguirem mais as tendências russofóbicas dos Estados Unidos, incluindo sanções e provocações”, afirmou, durante evento em Moscou.

O Reino Unido havia tomado a decisão pela expulsão e outras medidas contra os russos devido ao caso do envenenamento do ex-espião Serguei Skripal e sua filha, Iulia, em Salisbury (Inglaterra). “São medidas insanas”, disse em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

Skripal e a filha foram achados envenenados por um agente neurotóxico criado na antiga União Soviética no dia 4 e estão em estado grave. A primeira-ministra britânica, Theresa May, acusou diretamente a Rússia pelo ataque.

A praxe internacional nesses casos é devolver a punição da mesma forma, expelindo número semelhantes de diplomatas do país. O Reino Unido também congelou contatos de alto nível com Moscou.

Em Londres, o chanceler Boris Johnson afirmou nesta quinta-feira (15) que espera o apoio de outras nações ocidentais contra a Rússia. Repetindo a acusação de que o Kremlin tentou matar Skripal e Iulia, ele disse que o governo Putin “ameaça a própria arquitetura da segurança global”.

Retoricamente, os EUA deram apoio ao Reino Unido durante debate na quarta no Conselho de Segurança da ONU, mas como todos os envolvidos na questão têm poder de veto, nada de concreto além de barulho tende a sair de lá.

Por isso, os governos da França, da Alemanha e dos Estados Unidos, além do Reino Unido, emitiram um comunicado conjunto condenando o ataque e culpando a Rússia.

“Este uso de um agente neurotóxico de nível militar desenvolvido pela Rússia constitui o primeiro uso ofensivo de um agente deste tipo na Europa desde a Segunda Guerra”, diz o texto divulgado pelos quatro países, que pediram que Moscou entregue todas as informações sobre a produção do agente para a Organização para a Proibição de Armas Químicas.

“Foi um ataque na soberania do Reino Unido e o uso [do agente] por um Estado é uma clara violação da Convenção de Armas Químicas e uma quebra da lei internacional. Isto ameaça a segurança de todos”, diz a nota.

Putin, que busca uma reeleição garantida no domingo (18), segue sem falar sobre o episódio. Seu porta-voz, Dmitri Peskov, afirmou que as ações britânicas são provocativas. O presidente se beneficia internamente da discussão, já que sua imagem de defensor de valores russos contra um Ocidente hostil a um Kremlin reemergente foi cuidadosamente trabalhada ao longo dos anos e é fator central de sua popularidade acima dos 80%.

Caso

Skripal vivia no Reino Unido desde 2010, quando foi solto após passar seis anos na cadeia por traição. Ele era coronel do serviço secreto militar russo e, durante nove anos, foi agente duplo a serviço dos britânicos, fornecendo o nome de espiões do Kremlin na Europa. Perdoado judicialmente, fez parte de uma troca de espiões entre Rússia e Estados Unidos chamada Programa Ilegal. No mesmo ano, emigrou para o Reino Unido.

Iulia, sua filha, estava visitando o pai quando o ataque ocorreu, ainda em circunstâncias não esclarecidas. O agente neurotóxico usado, chamado Novitchok (novato, em russo), é dispensado na forma de pó inalável ou absorvível pela pele, e mata por contrações involuntárias de músculos como o coração e o diafragma, sendo extremamente letal.

 

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